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Educação/Vestibular
Quinta - 28 de Setembro de 2006 às 10:45
Por: Rosane Brandão

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A forma como o negro é tratado nos meios de comunicação. Este será o tema de discussão, nesta quinta-feira (28.09), às 14 horas, de uma roda de conversa do seminário “A inclusão da Lei 10.639/03: Ações para uma educação anti-racista e pluri-cultural. O evento é realizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) desde segunda-feira (24.09) e se encerra nesta sexta-feira (29.09), no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá.

Entre os palestrantes, estarão reunidos profissionais da educação e da comunicação. Estarão presentes os professores: Selma Pantoja (doutora-UnB), Suelme Evangelista ( mestre-Seduc), Antônio Eustáquio de Moura (mestre-Unemat), Maria Aparecida Matos (doutora-UFMT) e Aluízio de Azevedo (Assessor de Comunicação da Seduc).

O tema do negro na mídia será enfocado juntamente com outros subtemas, como “A história das mulheres e o tráfico Atlântico de escravos”, “o negro no Mato Grosso” e “Presença negra na literatura e reminiscências Africana na Língua Brasileira”.

Conforme explica Aluízio esse encontro vai servir para desmistificar a idéia de que toda a imprensa tem pontos negativos em relação à questão racial. “Existem profissionais do meio jornalístico que trabalham de forma ética. Os movimentos negros precisam reconhecer isso e transformar a mídia em sua aliada”, disse.

Contudo, o jornalista concorda que existem alguns meios de comunicação que deterioram a imagem do negro. “Quando comparado com o branco, o número de pessoas negras que trabalham em telejornais ou telenovelas é muito pequeno. Quando eles aparecem na TV são na forma de escravos, empregados ou bandidos”, destacou. Ele acrescenta ainda, a importância da discussão entre os profissionais da educação. “A mídia e a educação precisam estar interligadas, pois são informativas e formativas”, esclarece.

Para o professor Suelme, a forma negativa, como o negro é colocado nas produções jornalísticas, mostra como o preconceito ainda é bastante evidente nos meios de comunicação. “As manchetes de jornais enfocando, de forma estereotipada o índio, o negro ou o homossexual, mostra como é importante a formação do jornalista na hora de abordar estas questões”, observou.

“Muitas vezes, a imprensa que tem o papel de esclarecer questões sociais, acaba usando termos preconceituosos em seus textos jornalísticos, concluiu Suelme.





Fonte: Da Assessoria

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