O negro na mídia é tema de discussão em seminário que acontece hoje em Cuiabá
Entre os palestrantes, estarão reunidos profissionais da educação e da comunicação. Estarão presentes os professores: Selma Pantoja (doutora-UnB), Suelme Evangelista ( mestre-Seduc), Antônio Eustáquio de Moura (mestre-Unemat), Maria Aparecida Matos (doutora-UFMT) e Aluízio de Azevedo (Assessor de Comunicação da Seduc).
O tema do negro na mídia será enfocado juntamente com outros subtemas, como “A história das mulheres e o tráfico Atlântico de escravos”, “o negro no Mato Grosso” e “Presença negra na literatura e reminiscências Africana na Língua Brasileira”.
Conforme explica Aluízio esse encontro vai servir para desmistificar a idéia de que toda a imprensa tem pontos negativos em relação à questão racial. “Existem profissionais do meio jornalístico que trabalham de forma ética. Os movimentos negros precisam reconhecer isso e transformar a mídia em sua aliada”, disse.
Contudo, o jornalista concorda que existem alguns meios de comunicação que deterioram a imagem do negro. “Quando comparado com o branco, o número de pessoas negras que trabalham em telejornais ou telenovelas é muito pequeno. Quando eles aparecem na TV são na forma de escravos, empregados ou bandidos”, destacou. Ele acrescenta ainda, a importância da discussão entre os profissionais da educação. “A mídia e a educação precisam estar interligadas, pois são informativas e formativas”, esclarece.
Para o professor Suelme, a forma negativa, como o negro é colocado nas produções jornalísticas, mostra como o preconceito ainda é bastante evidente nos meios de comunicação. “As manchetes de jornais enfocando, de forma estereotipada o índio, o negro ou o homossexual, mostra como é importante a formação do jornalista na hora de abordar estas questões”, observou.
“Muitas vezes, a imprensa que tem o papel de esclarecer questões sociais, acaba usando termos preconceituosos em seus textos jornalísticos, concluiu Suelme.
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