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Saúde
Quarta - 20 de Fevereiro de 2013 às 12:54

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O professor Adjunto de Cardiologia da Faculdade Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Cuiabá, Luiz César Nazário Scala, estará no dia 2 de março em Portugal para participar do I Simpósio Brasil-Moçambique-Portugal. Ele participará da discussão acerca das diferenças e semelhanças entre estes três países no que toca à hipertensão arterial (HTA - http://www.sphta.org.pt/pt/default.asp ). O simpósio está inserido no 7.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global, organizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão Arterial (SPHTA), e ocorrerá de 28 de fevereiro a 03 de março, no Algarve.
 
No simpósio, além de Luiz Scala, estarão reunidos os professores Albertino Damasceno, diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital Central de Maputo e Oswaldo Passarelli Júnior, médico da Secção de Hipertensão Arterial e Nefrologia do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. Segundo José Nazaré, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) e do Simpósio Brasil-Moçambique-Portugal, este evento é fruto de um longo relacionamento de caráter científico entre Portugal e Moçambique e, a partir dele, busca-se definir as estratégias mais adequadas para o tratamento do HTA com base nas diferentes experiências e vivências.
 
O professor Luiz Scala trabalha na linha de pesquisa “Hipertensão Arterial e Fatores de Risco Cardiovascular” do Instituto de Saúde Coletiva e da Faculdade de Medicina da UFMT e espera, por meio do Congresso, “trazer importantes subsídios para o nosso Estado e para o Brasil”, além de destacar a interação com os principais nomes da hipertensão mundial e da Europa que estarão presentes no evento.
 
“É uma grande honra, para nós, de Mato Grosso, poder representar a Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia e levar o nome da nossa Universidade além fronteiras. Pretendo que essa atividade ‘Realidade de Hipertensão em Países Lusófonos’ se transforme em uma maior integração entre nossos países de língua portuguesa, Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, São Tomé, Cabo Verde e outros. É uma interessante linha de cooperação, importante para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e assistência nessa área”, afirma o professor.
 
De acordo com ele, as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no Brasil, em especial o infarto agudo do miocárdio (31,2%) e o acidente vascular cerebral (30%). A hipertensão contribui diretamente com 50% dos casos de infarto e 62% dos casos de acidente vascular cerebral. Segundo Scala, um estudo do Ministério de Saúde, no período de 2006 a 2010, mostrou aumento da prevalência da doença, provavelmente relacionado às variações positivas do excesso de peso, obesidade, consumo abusivo de álcool e diabetes. Além da existência de diretrizes para os profissionais de saúde, o Brasil assinala, desde 2002, o "Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial". No Brasil, a HTA atinge mais de 36 milhões de adultos e 5 milhões de crianças e adolescentes. Um fato preocupante é que estrategicamente, ainda são necessários grandes investimentos em prevenção, investigação básica, ensaios clínicos e, em especial, um grande estudo de corte prospectivo da doença cardiovascular, ainda inexistente, observa.
 
Luiz Scala é doutor em Cardiologia pela Unifesp, mestre em Cardiologia pela UFRJ, coordenador pós-graduado em Epidemiologia Cardiovascular no Instituto de Saúde Coletiva da UFMT, ex-diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia de Mato Grosso e Sociedade Brasileira de Cardiologia do Centro-Oeste; ex-diretor Administrativo do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2010 a 2011), Especialista em Hipertensão pela Sociedade Brasileira de Hipertensão, coordenador da Unidade de Hipertensão Arterial do Hospital Universitário Júlio Müller, da UFMT e coordenador do Estudo Prever, também da UFMT.





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