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Herceptin 'é seguro' apesar de risco para o coração, diz pesquisa
Cientistas americanos da Universidade do Texas publicaram uma pesquisa em que dizem que o uso do medicamento Herceptin, indicado para tratamento de câncer de mama, é associado a riscos considerados aceitáveis de desenvolvimento de problemas cardíacos.
Atualmente, o medicamento já não é recomendado para pacientes com problemas cardíacos, pois testes clínicos haviam revelado uma ligação entre o uso do medicamento e a ocorrência de danos ao coração. Os cientistas americanos que conduziram o novo estudo, no entanto, afirmam que os riscos não haviam sido quantificados.
A nova pesquisa, publicada na revista científica Journal of Clinical Oncology, confirmou que um grande número de pacientes com câncer de mama em estado avançado tratadas com o medicamento correm risco de desenvolver problemas cardíacos. No entanto, os problemas puderam ser solucionados na maioria dos casos.
O Herceptin, também conhecido como Trastuzumab, é usado no tratamento do câncer de mama tipo HER-2 positivo, um dos mais agressivos, que afeta uma em cada quatro mulheres com a doença.
Efeito colateral
"O medicamento prolonga a sobrevida substancialmente e, ao mesmo tempo que encontramos altos níveis de intoxicação cardíaca, também descobrimos que esse efeito colateral pode ser tratado com sucesso, o que não estava claro antes dessa pesquisa", afirmou o principal autor do estudo, Francisco Esteva, professor do Centro de Câncer MD Anderson, da Universidade do Texas.
"Se os efeitos colaterais do Herceptin podem ser tratados, então o medicamento é seguro", disse.
O estudo analisou 173 pacientes com câncer de mama em estágio avançado que usavam o medicamento havia um ano.
Depois de monitorados por 32 meses, 28% dos pacientes desenvolveram algum tipo de problema cardíaco.
A maioria dos problemas estava relacionada a insuficiência cardíaca. Houve um caso de morte.
Entre as pessoas analisadas, 31 sofreram problemas cardíacos enquanto se tratavam apenas com o Herceptin. Outras 18 combinavam o medicamento com quimioterapia.
Depois de interromper o tratamento com Herceptin e tomar remédios convencionais para o coração, 46 dos 49 pacientes tiveram melhora nas funções cardíacas.
Segundo os cientistas, o tratamento com Herceptin pode ser retomado depois de solucionado o problema cardíaco.
Monitoração cardíaca
Francisco Esteva recomenda que pacientes com câncer de mama em estágio avançado passem por uma avaliação cardíaca antes e durante o tratamento.
O estudo não avaliou pacientes com câncer de mama em estágio inicial.
No Brasil, o Herceptin, fabricado pelo laboratório Roche, é vendido desde 2001.
Segundo a gerente médica da Roche do Brasil, Lucila Campos, aproximadamente 2 mil pacientes usam o medicamento no país.
Lucila Campos diz que o percentual de risco de problemas cardíacos é pequeno perto dos benefícios obtidos pelo medicamento.
A médica afirma que os pacientes são aconselhados a verificar sua condição cardíaca antes de iniciar o tratamento com Herceptin. Também recomenda-se que passem por um ecocardiograma a cada três meses.
Atualmente, o medicamento já não é recomendado para pacientes com problemas cardíacos, pois testes clínicos haviam revelado uma ligação entre o uso do medicamento e a ocorrência de danos ao coração. Os cientistas americanos que conduziram o novo estudo, no entanto, afirmam que os riscos não haviam sido quantificados.
A nova pesquisa, publicada na revista científica Journal of Clinical Oncology, confirmou que um grande número de pacientes com câncer de mama em estado avançado tratadas com o medicamento correm risco de desenvolver problemas cardíacos. No entanto, os problemas puderam ser solucionados na maioria dos casos.
O Herceptin, também conhecido como Trastuzumab, é usado no tratamento do câncer de mama tipo HER-2 positivo, um dos mais agressivos, que afeta uma em cada quatro mulheres com a doença.
Efeito colateral
"O medicamento prolonga a sobrevida substancialmente e, ao mesmo tempo que encontramos altos níveis de intoxicação cardíaca, também descobrimos que esse efeito colateral pode ser tratado com sucesso, o que não estava claro antes dessa pesquisa", afirmou o principal autor do estudo, Francisco Esteva, professor do Centro de Câncer MD Anderson, da Universidade do Texas.
"Se os efeitos colaterais do Herceptin podem ser tratados, então o medicamento é seguro", disse.
O estudo analisou 173 pacientes com câncer de mama em estágio avançado que usavam o medicamento havia um ano.
Depois de monitorados por 32 meses, 28% dos pacientes desenvolveram algum tipo de problema cardíaco.
A maioria dos problemas estava relacionada a insuficiência cardíaca. Houve um caso de morte.
Entre as pessoas analisadas, 31 sofreram problemas cardíacos enquanto se tratavam apenas com o Herceptin. Outras 18 combinavam o medicamento com quimioterapia.
Depois de interromper o tratamento com Herceptin e tomar remédios convencionais para o coração, 46 dos 49 pacientes tiveram melhora nas funções cardíacas.
Segundo os cientistas, o tratamento com Herceptin pode ser retomado depois de solucionado o problema cardíaco.
Monitoração cardíaca
Francisco Esteva recomenda que pacientes com câncer de mama em estágio avançado passem por uma avaliação cardíaca antes e durante o tratamento.
O estudo não avaliou pacientes com câncer de mama em estágio inicial.
No Brasil, o Herceptin, fabricado pelo laboratório Roche, é vendido desde 2001.
Segundo a gerente médica da Roche do Brasil, Lucila Campos, aproximadamente 2 mil pacientes usam o medicamento no país.
Lucila Campos diz que o percentual de risco de problemas cardíacos é pequeno perto dos benefícios obtidos pelo medicamento.
A médica afirma que os pacientes são aconselhados a verificar sua condição cardíaca antes de iniciar o tratamento com Herceptin. Também recomenda-se que passem por um ecocardiograma a cada três meses.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/282417/visualizar/
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