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Educação/Vestibular
Segunda - 14 de Agosto de 2006 às 07:39

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A partir do ano que vem, 260 mil dos 548 mil estudantes do ensino fundamental da Prefeitura de São Paulo terão uma hora a mais na escola diariamente. A grade curricular obrigatória passará de quatro para cinco horas, o que significa dois anos a mais de escolaridade ao final de oito anos. Até 2008, a ampliação deverá atingir todos os estudantes. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Para a mudança, a administração municipal acabou com o terceiro turno (no qual os alunos têm aulas entre as 11h e as 15h) em 58 colégios. Além disso, novas salas serão construídas em 97 escolas até o começo de 2007, salas especiais serão utilizadas (como salas de arte) e as turmas terão até 40 alunos.

As duas últimas medidas são criticadas. Para a professora de psicologia escolar da Unesp, Marisa Melillo Meira, acabar com as salas de arte é uma atitude equivocada porque os alunos precisam de espaços para atividades artísticas.

Maria Ângela Barbato, professora de políticas públicas de educação da PUC-SP, é contra o aumento do número de alunos. "Ter 40 alunos é muito, nenhum professor dá conta. Não adianta só garantir a permanência do aluno na escola, tem de garantir o bom ensino", afirma.

Outra ponderação é a de que as horas extras deveriam ser utilizadas para aulas de português e matemática, já que as últimas avaliações nacionais apontam um fraco desempenho nessas disciplinas. O projeto prevê que a carga horária seja preenchida com aulas nas salas de leitura e de informática.

O secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, diz que a grade poderá ser preenchida também com aulas de reforço. O secretário diz também que, para a ampliação da carga horária obrigatória, não gastará um centavo a mais, já que tudo foi feito com base em uma reestruturação administrativa.





Fonte: Terra

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