Emprego industrial em SP tem em julho 2a menor taxa do ano
O emprego teve variação positiva de apenas 0,03 por cento em relação a junho, segundo dados sem ajuste sazonal, o equivalente à abertura de mil vagas.
"Já falamos que o emprego acompanha a produção e reflete a menor produção alguns meses depois", disse Paulo Francini, diretor de pesquisas econômicas da Fiesp.
"Ainda não podemos dessazonalizar o número porque a série histórica é nova, mas muito provavelmente o número com ajuste sazonal seria negativo."
Foi o segundo mês consecutivo de estabilidade do emprego. Em junho, houve leve alta de 0,02 por cento, a menor leitura do ano.
O setor que mais contratou em julho foi o de Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool, com alta de 2,03 por cento, estimulado pela safra de cana-de-açúcar.
Outro segmento de destaque foi o de Fabricação de produtos minerais não-metálicos (+1,46 por cento), puxado pela construção civil. A maior demissão em termos percentuais foi registrada no setor de Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados, com queda de 1,05 por cento.
AÇÚCAR E ÁLCOOL SALVAM INDÚSTRIA NO ANO
No ano, o emprego industrial acumula alta de 3,68 por cento, o que significa a criação de 76 mil postos de trabalho.
Segundo Francini, 95 por cento dessa alta foi gerada pelos setores de álcool e açúcar.
"A indústria de transformação em geral não gerou empregos no ano. Tirando esses dois setores, a indústria mostra uma grande apatia", afirmou o diretor.
Em meados de novembro termina a safra da cana e o segmento deve demitir grande parte desses trabalhadores contratados no ano, acrescentou ele.
Novembro e dezembro costumam ser meses fracos para o emprego na indústria, que demite os temporários absorvidos para a produção para as festas de fim de ano. Assim, Francini manteve sua previsão para o crescimento do emprego neste ano em 2 por cento.
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