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Educação/Vestibular
Sexta - 04 de Agosto de 2006 às 16:57

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WASHINGTON - A exposição a novas experiências melhora a memória, de acordo com uma pesquisa feita por psicólogos e médicos da Universidade de Londres (UCL) que poderia ter maiores implicações para o tratamento de problemas de memória. O estudo, publicado na edição de quinta-feira da Neuron, conclui que a introdução de fatos completamente novos durante o aprendizado melhora significativamente a memória.

Os pesquisadores suspeitaram por muito tempo que o cérebro humano é particularmente atraído por novas informações, e que isso pode ser importante para o aprendizado. Eles agora estão um passo mais perto de entender o porquê.

Uma região do mesencéfalo, que é responsável por regular nossa motivação e o processo de gratificação, reage melhor à novidade do que ao familiar. Esse sistema também regula os níveis de dopamina, um neurotransmissor no cérebro, e poderia ajudar no aprendizado. Essa relação entre memória, novidade, motivação e gratificação poderia ajudar os pacientes com problemas de memória.

"Esperamos que essas descobertas tenham um impacto nos tratamentos comportamentais para os pacientes com memória fraca. A prática atual utilizada pelos psicólogos comportamentais têm o objetivo de melhorar a memória através da exposição repetitiva da pessoa a uma informação - assim como fazemos quando revisamos a matéria para uma prova. Este estudo mostra que a revisão é mais eficaz se você misturar novos fatos com os velhos. Você realmente aprende melhor, mesmo que o seu cérebro esteja também ligado à nova informação", disse Emrah Düzel, do Instituto de Neurociência Cognitiva da UCL.

"Mostramos que a novidade ativa a área do cérebro responsável pela regulação dos nossos níveis de motivação e da nossa capacidade de prever recompensas pela liberação de dopamina", afirmou.

Nos testes, os indivíduos foram melhor quando novas informações foram combinadas com informações familiares durante o aprendizado. "Quando vemos algo novo, percebemos que isso tem um potencial para nos gratificar de alguma forma. Esse potencial nos motiva a explorar nosso ambiente para recompensas. O cérebro aprende que p estímulo, uma vez familiar, não possui nenhuma recompensa associada a ele e portanto perde seu potencial. Por esta razão, apenas objetos completamente novos ativam o mesencéfalo e aumentam os níveis de dopamina", explicou Düzel.





Fonte: Agência Estado

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