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Educação/Vestibular
Sexta - 04 de Agosto de 2006 às 08:20

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Funcionários da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão reformando as poltronas do Teatro Universitário. O conserto vem sendo feito com recursos próprios, já que, atualmente, a única verba destinada pela UFMT para o teatro é referente ao pagamento de salários.

Os sete funcionários do local resolveram fazer o serviço depois que o supervisor do teatro, Orlando Damásio, orçou a restauração em uma tapeçaria de Cuiabá. “Cada braço de poltrona iria custar quatro reais (cerca de mil braços precisam de conserto). Então, trouxe as minhas ferramentas e todos se envolveram na reforma”, revelou Damásio.

Duzentos e vinte assentos, dos 506 lugares do teatro, estão estragados. A funcionária Mariza Montalvão é a responsável pelo corte e costura das peças. “Trabalho na portaria nos dias de espetáculo e escuto muita gente reclamar da situação das poltronas. Fico com vergonha de receber o público”, destaca a servidora pública do Estado, que há três anos está à disposição da UFMT.

Grupos nacionais pagam diária de R$ 800 ou 10% da bilheteria para se apresentarem no teatro. Os recursos arrecadados pagam hora-extra dos funcionários e o salário do vigilante. O prédio já sofreu outros reparos. “Essa é mais uma etapa cumprida pela equipe. Nós já pintamos as paredes internas, construímos muros e calçadas e fizemos uma reforma elétrica”, informa o supervisor. O próximo projeto é a reforma dos refletores. A iluminação cênica também é deficitária. “Um espetáculo teatral usa cerca de 120 equipamentos. As produções gastam de R$ 2 mil a R$ 2,8 mil com locações. Se tivéssemos esse material, ganharíamos o valor do aluguel e estaríamos mais conceituados”, explicou.

O técnico Osvaldino Enoré trabalha no teatro desde a inauguração, em 1982, e também está na equipe de reforma do teatro. “Todos os supervisores que passaram aqui tiveram dificuldades para administrar. Só conseguimos as coisas através de mutirões. Temos que cuidar melhor do teatro. Mesmo com algumas deficiências, é o maior da capital e muito elogiado principalmente pela acústica”, assegura Enoré.





Fonte: RMT Online

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