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Educação/Vestibular
Domingo - 23 de Julho de 2006 às 09:10

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Desempregado há sete meses e sem dinheiro para o ônibus, Aloisio Silva, 24, anda todos dias 5 km para chegar ao cursinho gratuito do MSU (Movimento dos Sem Universidade), em Santo Amaro (zona sul).

Filho de um pedreiro, também desempregado, e de uma dona-de-casa, ele quer prestar ciências sociais na USP e na Unicamp no final do ano e se tornar o primeiro universitário da família.

Bisneto de escrava, Aloisio defende que as universidades reservem 50% das vagas para alunos de escola pública e, dentro desse percentual, destinem uma parcela para negros. "É a única forma de se fazer justiça com os pobres e negros." Contra

Apesar de ter ingressado em medicina na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) pelas cotas raciais, o estudante Luiz Guilheme Werneck, 22, é contra a reserva de vagas.

Ele defende as cotas para alunos de escola pública que comprovem a capacidade para acompanhar o curso escolhido. "Senão, a qualidade de ensino vai cair." Werneck cursou o ensino médio e o fundamental em escolas públicas de Santa Isabel (Grande SP) e, quando se decidiu por medicina, fez três anos de cursinho no Etapa, em São Paulo.

"Estava preparado para entrar [na faculdade] com ou sem cotas", afirma. Werneck diz que nunca se sentiu discriminado na Unifesp por ter ingressado por meio de cotas raciais. "Tinha receio antes de entrar. Lá dentro, todo mundo se iguala. Não há o grupinho daqueles que entraram por cotas", conta o estudante.





Fonte: Folha de S. Paulo

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