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Saúde
Quinta - 13 de Julho de 2006 às 07:18

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Marlie Casseus, uma adolescente haitiana que tem uma doença genética que causou a formação de um tumor de sete quilos em seu rosto, será operada amanhã pela terceira vez por médicos americanos.

Casseus, de 14 anos, foi notícia no mundo todo pela enorme massa tumoral na sua face. A menina será submetida a uma cirurgia no Hospital de Crianças Holtz, do Complexo Médico Jackson Memorial/Universidade de Miami (UM). Jesús Gómez, cirurgião maxilofacial e chefe da equipe médica que acompanha a evolução clínica de Casseus, disse hoje em um comunicado que a cirurgia reconstruirá a ponte nasal e o lábio superior da menina, além de corrigir uma separação dos olhos.

"Com esta operação daremos a Marlie uma estrutura facial mais harmônica, reconstruindo as partes que foram perdidas na sua face e dando suporte às órbitas dos seus olhos", declarou o médico.

Os cirurgiões usarão um implante de polietileno que permitirá reconstruir pouco a pouco as feições da adolescente.

A complexa operação, que deve durar cerca de nove horas, também contará com os cirurgiões plásticos oculares Wendy Lee e Kami Parsa, do Instituto Ocular Bascom Palmer.

Casseus provavelmente necessitará de uma ou duas cirurgias estéticas adicionais para completar o tratamento.

Por esta razão, o International Kids Fund (IKF), organização sem fins lucrativos que patrocina o tratamento médico, continua arrecadando fundos para financiar as operações.

"Minha filha e eu estamos infinitamente agradecidas pela ajuda que recebemos e esperamos que as pessoas continuem nos estendendo a mão porque minha menina ainda precisa de novas cirurgias", disse a mãe da adolescente, Maleine Antoine.

A primeira operação de Casseus aconteceu no dia 14 de dezembro passado e durou 16 horas.

Os médicos introduziram um tubo de alimentação, reduziram o tamanho do tumor e diminuíram a pressão que a massa exercia na área que envolve o olho esquerdo para salvar a visão da moça.

A segunda operação, realizada em janeiro passado, reconstruiu a mandíbula e a articulação que une a parte inferior do crânio.

Para a reconstrução foi preciso fazer uma incisão no pescoço e no lábio inferior, para abrir a mandíbula e tirar a massa - com o tamanho de dois punhos juntos - e inserir uma placa de titânio para substituir os ossos da área afetada.

Os médicos também corrigiram a base da boca para permitir o movimento da língua e de mastigação.

O tumor no rosto de Casseus cresceu em conseqüência de uma patologia genética denominada "displasia fibrosa poliostótica", que se caracteriza pelo crescimento irregular e a deformidade nos ossos afetados, acompanhado de dores.





Fonte: Terra

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