Trabalhadores da educação privada fazem assembléia neste sábado

Os trabalhadores da Educação Privada de Mato Grosso se reúnem amanhã (1°) em assembléia extraordinária para avaliar o acordo coletivo 2006/2007, assinado na semana passada.

A assembléia foi convocada pelo sindicato que representa professores e auxiliares administrativos do ensino privado (SINTRAE-MT) e acontece às 9 h., na sede do sindicato, à rua Antônio Batista Belém, n.° 378, no bairro Lixeira.

Entre as principais vitórias da categoria está o reajuste salarial dos professores, que será de 10% sobre o piso da categoria, retroativo a março, além de 6% a ser concedido em julho. Os trabalhadores que recebem acima do piso da categoria terão aumento de 6%. Para os professores do Ensino Superior, o reajuste será de 5,5%.

Outro ponto positivo é a remuneração por titulação, isto é, por nível de formação, para professores do Ensino Superior: adicionais de 5% para quem tem Especialização, 8% para profissionais com Mestrado e 10% para quem tem Doutorado.

A convenção também criou o piso salarial para auxiliares administrativos (bibliotecários, secretários escolares, tesoureiros, telefonistas, etc) que atuam nas escolas particulares.

Outra novidade é a eleição de delegados do SINTRAE-MT para oito cidades do interior do Estado: Sinop, Cáceres, Tangará da Serra, Alta Floresta, Juara, Juína, Sorriso e Diamantino.

Existem atualmente cerca de 10 mil trabalhadores do ensino privado nas cerca de 900 escolas existentes no Estado. Segundo a presidenta da entidade, Marilane Costa, a discussão com o sindicato patronal, que se arrastava há vários meses, foi acirrada, mas mostrou avanços. A reivindicação do reajuste foi feita com base em uma pesquisa sócio-econômica encomendada pelo sindicato no início deste ano. O levantamento apontou, entre outras coisas, uma perda de quase 20% durante o Plano Real.

“Este é um dos maiores acordos, em termos de índice, no Brasil”, avaliou ela, ressaltando que a inflação do período ficou em torno de 4%. “Mas o ponto principal foi a discussão das cláusulas sociais, que avançou muito.” Na assembléia, também serão eleitos os delegados para o 6.º Congresso dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, que acontece em julho, em Brasília.