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Educação/Vestibular
Sexta - 23 de Junho de 2006 às 11:05

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O "provão" municipal de São Paulo, previsto para até o fim do mês, foi adiado. Agora, a avaliação só deve ocorrer em novembro e terá provas de português e matemática. Todos os estudantes de 4ª e 8ª séries da rede irão participar do exame, que pretende avaliar os alunos em leitura, escrita, interpretação de texto e matemática.

Com o nome oficial de Sistema de Avaliação de Aproveitamento Escolar, o "provão" municipal foi criado por meio de um projeto de lei do vereador José Aníbal (PSDB), sancionado pelo ex-prefeito José Serra (PSDB), em outubro de 2005.

Na época, o então secretário da Educação José Aristodemo Pinotti anunciou que o exame, em junho, seguiria os mesmos padrões do Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico, aplicado pelo governo federal) e que apenas as provas de português seriam aplicadas.

De acordo com o secretário atual, Alexandre Schneider, não será possível realizar a prova agora porque a prefeitura ainda terá de montar uma equipe para elaborá-la. "A gente queria que o exame seguisse os itens-âncoras do Saeb e também do Anresc [Avaliação Nacional do Rendimento Escolar, realizado pelo governo federal no ano passado] para podermos comparar os resultados."

"Conversamos com o Inep [instituto responsável pelas avaliações] para que eles produzissem a prova para nós, mas agora soubemos que isso não será possível. Vamos ter de fazer nossa própria avaliação."

A equipe deve começar a trabalhar imediatamente e deverá seguir o princípio das provas federais. "Queremos que elas dialoguem para fazer uma comparação parcial. Assim, saberemos o que melhorou e o que piorou", diz Schneider. Pelos índices do último Saeb, 29,9% dos alunos da 4ª série do Estado estavam em nível crítico de aprendizado no português.

Para o secretário, a mudança da data de aplicação do exame não prejudica os estudantes. "Será até melhor porque, no fim do ano, eles já terão recebido todo o conteúdo da série." Autor do projeto de lei, José Aníbal também não vê problemas no atraso. "Acho que a secretaria teve dificuldade em organizar a prova, mas o mais importante é que ela seja feita."

O Inep confirma que foi procurado. "Explicamos que não poderíamos fazer a prova. Mas colocamos à disposição o Banco Nacional de Itens, que tem milhares de perguntas prontas", afirma o diretor de avaliação da Educação Básica do instituto, Amaury Gremald.

Ainda não há custos da prova e a aplicação deverá ser terceirizada, diz Schneider. A rede municipal tem 128.393 estudantes na 4ª e 8ª séries, que farão a avaliação. Cada aluno do último Saresp (o sistema de avaliação da rede estadual de ensino) custou cerca de R$ 1,68.

O secretário também afirma que, no ano que vem, as disciplinas avaliadas serão história e geografia. "Não faz sentido aplicar todo ano prova da mesma matéria porque é difícil notar mudança de um ano para outro na educação."





Fonte: Olhar Direto

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