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Cidades/Geral
Sexta - 16 de Junho de 2006 às 07:59
Por: Adilson Rosa

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A defesa do bicheiro João Arcanjo Ribeiro insiste no depoimento da vendedora Deisiane Alves Corrêa, como testemunha de defesa no processo que o Ministério Público Estadual (MPE) move pela chacina de três rapazes em Várzea Grande.

Arcanjo é apontado como mandante do crime, que vitimou três jovens no dia 15 de maio de 2001. Morreram Leandro Gomes dos Santos, Celso Borges e Mauro Celso Ventura de Moraes.

Para tentar localizá-la, os oficiais de Justiça da 1a Vara Criminal de Várzea Grande tentarão recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Os oficiais acreditam que o TRE poderá fornecer o endereço residencial da garota.

Deisiane era namorada de Leandro, uma das vítimas da chacina. Em três oportunidades, a garota não foi encontrada no endereço fornecido e oficiais de Justiça acreditam que ela tenha mudado de endereço ou até da cidade. Com a pesquisa no TRE, os oficiais poderão saber exatamente a cidade onde ela está morando.

Uma assessora da juíza Maria Erothides Macêdo informou que a procura não poderá demorar muitos dias – no máximo algumas semanas. Caso contrário, o processo ficaria parado. Após o depoimento da testemunha, o processo vai para as alegações finais. O bicheiro, então, poderá ser pronunciado (obrigação de ir a júri popular) ou não pela magistrada.

Deisiane será a última testemunha de defesa a ser ouvida. No dia 7 de junho, dois ex-funcionários de Arcanjo e ligados ao jogo do bicho depuseram em juízo tentando inocentar o ex-patrão. Avânio Moreira da Silva e Getúlio Leon garantiram que Arcanjo não era dono da banca da avenida dos Trabalhadores, cujo suposto roubo teria motivado os assassinatos dos rapazes.

Avânio era supervisor do jogo do bicho em Cuiabá e Várzea Grande. Getúlio trabalhava no recolhimento do jogo nas duas cidades. Os dois eram ligados diretamente a Arcanjo.

Além dos dois ex-funcionários, Arcanjo conta com o depoimento do ex-cabo Hércules de Araújo Agostinho, que voltou atrás e negou a participação do bicheiro no assassinato.

Pela chacina, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou quatro pessoas: além de Arcanjo, o ex-soldado Célio Alves de Souza, o cobrador João Leite e o ex-cabo Hércules Araújo Agostinho. Este último foi condenado a 21 anos e seis pelo crime. João Leite foi inocentado e Célio será julgado somente após sua recaptura.

Leandro, Celso e Mauro foram executados a tiros e enterrados numa cova rasa na região do bairro São Mateus. Na época choveu e parte da terra foi com a enxurrada, expondo partes dos cadáveres.

De acordo com a denúncia do MPE, o motivo dos crimes foi uma espécie de vingança, já que os adolescentes teriam furtado cerca de R$ 500 de uma das bancas de jogo do bicho de propriedade de João Arcanjo Ribeiro.

Dois rapazes teriam participado do suposto assalto e o terceiro teria sido levado junto pelos assassinos porque estava no lugar errado e na hora errada.





Fonte: Diário de Cuiabá

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