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Educação/Vestibular
Sexta - 09 de Junho de 2006 às 14:34
Por: Marcia Raquel

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O apelo à colaboração de todos os Estados e movimentos sociais na construção de uma política para Educação do Campo que respeite as diferentes realidades. Esta foi a tônica da palestra ministrada pelo secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/MEC), Ricardo Henriques, no segundo dia do Seminário Nacional sobre Educação do Campo e da 2ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

Henriques chamou a atenção para o fato de que a macro reflexão, que visa uma educação de qualidade, significa pensar para todos. “Há que se tratar diferente os iguais se quisermos atender o compromisso que temos com a educação de qualidade”, disse ao ponderar que cada estado ou região brasileira possui uma realidade que é preciso, além de ser respeitada, ser entendida para se evoluir na Educação do Campo.

“Queremos construir de forma articulada: Estados, municípios e movimentos sociais, as bases para um sistema integrado para a Educação do Campo”, disse Henriques. “Não é gratuito que a política pedagógica de cunho urbanista seja regra no país”, acrescentou ao criticar a falta de uma Educação do Campo que respeite as diversidades de cada região.

Para se alcançar esse objetivo, Ricardo Henriques destacou dois pontos que devem ser observados: o marco institucional e as ações programáticas. No que se refere ao marco institucional, o secretário destacou a utilização dos espaços de construção de políticas educacionais; a troca de experiências entre os diferentes estados e o reconhecimento e utilização da pedagogia de alternância; a revisão do Plano Nacional de Educação (PNE); e o financiamento da Educação Básica.

Quanto às ações programáticas, Ricardo Henriques citou a necessidade de se construir uma agenda de formação de professores que contemple as especificidades da Educação do Campo, bem como a utilização da pedagogia de alternância.

O desenvolvimento de pesquisas sobre Educação do Campo também foi apontado como uma necessidade urgente. “Pesquisa é essencial porque nós não sabemos como formar professores com o vigor que precisamos para a Educação do Campo”, disse. Além da formação de professores, a pesquisa sobre o material didático, com a participação dos movimentos sociais é fundamental na visão de Henriques.

Participam do encontro secretários de Educação de todo o país e representantes de entidades ligadas ao meio rural. O evento começou ontem (08) e termina às 18h desta sexta-feira (09). No final, será elaborada a “Carta de Mato Grosso”, com propostas para a Educação do Campo.





Fonte: Da Assessoria

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