MEC pede colaboração para o fortalecimento da Educação do Campo
Henriques chamou a atenção para o fato de que a macro reflexão, que visa uma educação de qualidade, significa pensar para todos. “Há que se tratar diferente os iguais se quisermos atender o compromisso que temos com a educação de qualidade”, disse ao ponderar que cada estado ou região brasileira possui uma realidade que é preciso, além de ser respeitada, ser entendida para se evoluir na Educação do Campo.
“Queremos construir de forma articulada: Estados, municípios e movimentos sociais, as bases para um sistema integrado para a Educação do Campo”, disse Henriques. “Não é gratuito que a política pedagógica de cunho urbanista seja regra no país”, acrescentou ao criticar a falta de uma Educação do Campo que respeite as diversidades de cada região.
Para se alcançar esse objetivo, Ricardo Henriques destacou dois pontos que devem ser observados: o marco institucional e as ações programáticas. No que se refere ao marco institucional, o secretário destacou a utilização dos espaços de construção de políticas educacionais; a troca de experiências entre os diferentes estados e o reconhecimento e utilização da pedagogia de alternância; a revisão do Plano Nacional de Educação (PNE); e o financiamento da Educação Básica.
Quanto às ações programáticas, Ricardo Henriques citou a necessidade de se construir uma agenda de formação de professores que contemple as especificidades da Educação do Campo, bem como a utilização da pedagogia de alternância.
O desenvolvimento de pesquisas sobre Educação do Campo também foi apontado como uma necessidade urgente. “Pesquisa é essencial porque nós não sabemos como formar professores com o vigor que precisamos para a Educação do Campo”, disse. Além da formação de professores, a pesquisa sobre o material didático, com a participação dos movimentos sociais é fundamental na visão de Henriques.
Participam do encontro secretários de Educação de todo o país e representantes de entidades ligadas ao meio rural. O evento começou ontem (08) e termina às 18h desta sexta-feira (09). No final, será elaborada a “Carta de Mato Grosso”, com propostas para a Educação do Campo.
Comentários