Ministério da Saúde começa a distribuir um milhão de doses da vacina contra sarampo

O Ministério da Saúde começa a distribuir, a partir de hoje, um milhão de doses da vacina Tríplice Viral que previne contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. A vacina deve ser tomada pelas crianças assim que completam um ano de vida. Aos seis anos de idade, deve ser dada a dose de reforço.

Neste ano, a vacinação também é recomendada para quem for viajar para a Copa do Mundo na Alemanha. O motivo foi um recente alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que alguns países europeus, entre eles a Alemanha, notificaram recentemente casos de sarampo.

"Estamos recomendando, neste momento, às pessoas que vão viajar para a Alemanha, para assistir a Copa do Mundo, que se vacinem, porque existe um surto de sarampo no norte do país, inclusive em uma das cidades (Dortmund) onde o Brasil vai jogar", disse o diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Expedito Luna.

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, transmitida por vírus e muito contagiosa. É transmitida por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. No ano passado, seis brasileiros contraíram sarampo, que foi trazido ao país por um atleta que viajou para a Ásia sem se vacinar. No Brasil, não há registros da doença desde 2000.

Segundo Expedito Luna, este é o primeiro lote de vacinas contra o sarampo produzidas no Brasil, no laboratório Biomanguinhos, no Rio de Janeiro. Mais quatro milhões de doses já estão prontos e vão ser distribuídos posteriormente, de acordo com a demanda dos estados.

"O processo de produção nacional sofreu um pequeno atraso que nos fez comprar a vacina no mercado internacional, mas em quantidade inferior ao necessário. Com o início da produção nacional e registro do produto, vamos sanar essa dificuldade que o programa passou, de ter uma quantidade de vacinas menor que o necessário sendo distribuída", observou Luna.

A vacina estará disponível gratuitamente nos postos de saúde de todo o país e também nos aeroportos de Guarulhos e Campinas, em São Paulo, nos postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).