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Cidades/Geral
Quinta - 18 de Maio de 2006 às 07:46
Por: Andréa Fontes

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Juiz substituto da 12ª Vara Criminal, Lídio Modesto Filho deu ontem um ultimato à defesa de João Arcanjo Ribeiro como forma de garantir o andamento do processo que investiga a morte do empresário Sávio Brandão. A defesa tem três dias, contatos a partir de ontem, para substituir ou desistir das três testemunhas de defesa que faltam ser ouvidas. Entre as testemunhas está Célio Alves, foragido desde julho de 2005, em cujo depoimento a defesa insistia.

Ontem, mais uma vez, a audiência prevista para ouvir testemunhas de defesa de Arcanjo não foi realizada. A justiça conseguiu intimar o delegado Paulo Roberto Brandão, que compareceu à 12ª Vara. Entretanto, o advogado de defesa do "Comendador", Zaid Arbid, dispensou a testemunha e quis substituí-la por José Tadeu Reyes. A substituição foi negada pelo juiz, alegando que o advogado perdeu o prazo para o pedido.

Quanto a determinação de substituição ou desistência das outras três testemunhas, Lídio Modesto ressalta que está baseada no artigo 405 do Código do Processo Penal. "Se a testemunha tem dificuldade de ser encontrada, o judiciário não pode ficar aguardando".

Lídio Modesto ressaltou ainda que há um atraso na conclusão do processo, o qual, segundo ele, é resultado da "intenção da defesa em defender seu cliente a qualquer custo".

O juiz também descartou a possibilidade da defesa de João Arcanjo conseguir, no caso de um pedido, um habeas corpus ao réu, porque o atraso estaria ocorrendo por causa da própria defesa.

Além de Célio Alves, Zaid insiste no depoimento do sogro de Sávio Brandão, Ronaldo Neves, e do escultor Paulo Gracien, que mora em São Paulo, e seria amigo de Arcanjo. A justiça já tentou, por três vezes, intimar o sogro de Sávio Brandão, sem sucesso. Já a Paulo Gracien, a justiça enviou uma carta precatória, mas a correspondência também retornou sem que o destinatário fosse encontrado.

Se Zaid substituir a tempo as três testemunhas a justiça marcará outra audiência. Por enquanto só está definido que após a perícia na fita entregue pela defesa do "Comendador", a empresária Ana Karine Ricci será ouvida novamente. O juiz Lídio Modesto afirma que se a defesa não requerer o depoimento da empresária e ele ainda estiver na condução do processo, ele mesmo o fará, por considerar importante a oitiva no processo.





Fonte: A Gazeta

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