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Saúde
Quarta - 17 de Maio de 2006 às 09:31

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Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que 13,921 milhões de pessoas passaram fome no Brasil em 2004. O dado faz parte do suplemento sobre Segurança Alimentar da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2004, feito pelo instituto com recursos do Ministério de Desenvolvimento Social.

Dos 52 milhões de domicílios particulares estimados pela Pnad naquele ano, em 6,5% deles residiam pessoas com insegurança alimentar grave.

Ou seja, que passaram fome com freqüência ou em alguns dias nos três meses que antecederam a data da pesquisa.

Considerando a insegurança alimentar moderada e grave --pessoas que ficaram preocupadas em não ter alimentos e aquelas que passaram fome--, o número sobe para 39,5 milhões de pessoas.

Regiões

'A desigualdade regional é confirmada mais uma vez quando analisada a situação de residência da população, se urbana ou rural. No Norte e Nordeste a insegurança alimentar grave apresentou proporções mais elevadas na área rural, enquanto que no Sul e Centro-Oeste ocorreu o inverso, em maiores proporções nas áreas urbanas', diz o estudo do IBGE.

Em 2004, a proporção da população rural do Nordeste que chegou a passar fome era de 17,1%, contra 13,2% da urbana. No Norte, os índices ficaram em 14,7% e 12,7%, respectivamente.

Nas demais regiões do país a proporção de pessoas que vivem na área rural com insegurança alimentar grave é substancialmente menor, sendo a mais elevada de 4,2%, no Centro-Oeste.

Segundo o levantamento, dos 8 milhões de residências em que algum morador recebeu dinheiro de programa social do governo, 52,1% estavam localizados na região Nordeste, 27,7% no Sudeste, 10,7% no Sul, 8% no Norte e 6,5% no Centro-Oeste.

Raça

A insegurança alimentar reforça também a desigualdade econômica entre raças. Em 2004, viviam no Brasil em situação de insegurança alimentar grave 11,5% da população preta ou parda. Entre os brancos, o percentual cai para 4,1%.

Por faixa etária, observa-se também que o maior percentual de pessoas que passaram fome é de crianças e jovens de até 17 anos, equivalendo, em ambos os caos, a 10,3% da população.

A definição de segurança alimentar, de acordo com o IBGE, é o direito de todos ao acesso regular e permanente de alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras da saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis.





Fonte: IBGE-Folha

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