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Educação/Vestibular
Sábado - 13 de Maio de 2006 às 04:22

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Cerca de 50 alunos da Escola Estadual “Irmã Lucinda Facchini”, do município de Diamantino (a 196 km de Cuiabá), abriram os trabalhos da Plenária Geral da “1ª Conferência do Plano Estadual de Educação – Construindo Cidadania pela Educação”, na tarde desta quinta-feira (12).

Os estudantes fazem parte da banda de percussão da escola, que integra o projeto Timbalata do qual fazem parte 80 crianças. A ação é desenvolvida na unidade escolar desde 2001 e tem como objetivo retirar as crianças e jovens das ruas, oferecendo a eles a oportunidade de aprendizagem e novas habilidades artísticas e culturais.

Segundo a professora Célia Bárbara do Couto, coordenadora do projeto, incentivar essas crianças é essencial para criar melhores condições de vida para elas. “As crianças são capazes de fazer coisas maravilhosas, só precisam de um pouco de incentivo”, falou a professora.

O grupo que participa da banda já se apresentou em vários municípios como Poconé, Alto Paraguai, Nobres, Chapada dos Guimarães, Nortelândia e Cuiabá. Eles ensaiam duas vezes por semana, duração de uma hora por dia.

Evelyn Campos Almeida tem 10 anos e toca há três na banda. Ela conta que o projeto estimula a criança, a acreditar em tudo o que sonha. “Eu aprendi que é possível realizar todos os nossos desejos, que nada é impossível, só basta ter um pouco de incentivo e a gente vai longe”, disse a aluna.

Os instrumentos da banda são feitos de sucata que, depois de adaptada, se transforma em contra-surdo, surdão, chocalho, tambor e repinique. As baquetas são feitas de cabo de vassoura. O projeto oferece também, cursos de pintura em tecido, aulas de flauta, bordado, crochê e aulas de reforço, beneficiando crianças e jovens de 8 a 16 anos.

“É bom ver a sucata, algo sem valor, se transformar em algo tão importante. Essa ação muda completamente a vida dessas crianças”, destacou Célia.

Edinei Gardas Molina tem 16 anos, é líder da banda e toca desde o início. Apesar de não estudar mais na escola ele continua no grupo, ensinando o que aprendeu para as outras crianças. “Antes eu só ficava na rua, com o projeto a minha vida mudou completamente. Agora eu tenho perspectiva de vida, estou sempre procurando melhorar”, revelou. “O Edinei é um exemplo. Ele trabalha em um período, estuda em outro e ainda encontra tempo para ensaiar a banda”, contou Célia.

O projeto recebeu em 2003 e 2005 o apoio da Secretaria de Estado de Cultura com a Lei de Incentivo à Cultura. Os recursos recebidos foram destinados à compra de uniformes, de alguns materiais e para as oficinas.





Fonte: Da Assessoria

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