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Educação/Vestibular
Quarta - 10 de Maio de 2006 às 22:10

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Reafirmar e valorizar a diversidade étnico-racial do Estado de Mato Grosso, fazendo com que todos os cidadãos mato-grossenses se orgulhem de suas raízes seja ela indígena, africana, européia ou asiática, bem como respeitem o direito do outro de ser diferente. Esta iniciativa faz parte da política de Educação e Diversidade, prevista no texto-base do Plano Estadual de Educação (PEE).

A Educação e Diversidade prevista no PEE está sendo discutida durante a “1º Conferência do Plano Estadual de Educação – Construindo Cidadania pela Educação”, que acontece no Hotel Fazenda Mato Grosso. O evento, que teve início na terça-feira (09), vai até o dia 13 (sábado).

Na sala dessa temática participam das discussões cerca de 30 delegados de diversos municípios mato-grossenses, entre eles: o presidente do Conselho Estadual dos Direitos dos Negros, Francisco Assis de Oliveira, o integrante do Movimento de Inteligência Negra (MIN), Cristovão Luiz Gonçalves da Silva, o presidente do Grupo União e Consciência Negra, Reinaldo Almeida, entre outras autoridades representantes de diversas organizações não-governamentais.

Durante seu discurso, Cristóvão destacou que desde a época da colonização a educação brasileira apresentava uma gestão problemática e discriminatória, onde os escravos eram impedidos de freqüentar a escola, e tão difícil quanto viver numa sociedade escravocrata era adquirir algum tipo de instrução, mesmo que esta se referisse apenas às técnicas elementares da escrita e da leitura.

“Como a educação era direcionada apenas para a população branca era certo que somente seriam abordados em sala de aula aspectos culturais, históricos, políticos, entre outros dos brancos. Com o passar dos anos e das lutas sócias, o negro passou a ter acesso à escola, mas não aos conteúdos que se referem a sua história e cultura”, frisou.

Para Cristóvão, incluir no PEE uma política de educação para diversidade será uma forma de corrigir esses anos de negligência já que a história africana e a cultura dos afro-descendentes serão inseridas na grade curricular. “Trata-se de fazer a justiça social”, concluiu.

Também participando da discussão está o superintendente-adjunto de políticas curriculares da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Suelme Evangelista. Ele destacou que em Mato Grosso, existem 1,3 milhões de negros, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2001).

“Os negros correspondem a 53,6% da população mato-grossense. Além disso, há em nosso Estado 39 povos indígenas, totalizando mais de 30 mil índios com diferentes costumes e tradições. Isso demonstra a diversidade étnica, racial e cultural existente em Mato Grosso e a necessidade de promover em sala de aula uma educação que respeite e contemple essa diversidade. A educação é um instrumento que desconstrói preconceitos e promove mudanças positivas nas relações étnico-raciais”.





Fonte: Da Assessoria

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