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Politica Brasil
Quarta - 10 de Maio de 2006 às 08:51
Por: Marcos Lemos

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As indefinições políticas em relação à sucessão estadual ganharam um novo componente no dia de ontem. Partidos como o PL, PTB e PP, que estavam liberados nos estados para se coligarem com qualquer agremiação política por não terem candidato à Presidência nem a vice e acabaram se aproximando do PPS do governador Blairo Maggi, candidato à reeleição, podem acabar ficando impedidos. Tudo porque o núcleo político do PT passou a exigir uma coligação com estes partidos para reforçar a candidatura à reeleição do presidente da República, temendo uma disputa eleitoral mais acirrada.

A informação que circulava pelos corredores do Palácio Paiaguás pegou de surpresa os principais assessores do governador Blairo Maggi, que chegou a pensar em não abrir mais negociações com outros partidos políticos para não envergar a já pesada coligação Mato Grosso mais Forte, que já conta com nove partidos, PP, PTB, PPS, PDT, PV, PHS, PMN e PSB, além de poder ter o PL. “As coisas estão muito dinâmicas nos últimos dias e têm mudado com freqüência”, disse uma alta fonte do PPS, preocupado com a possibilidade do arco de alianças de apoio ao governador perder importantes aliados por causa da verticalização.

A verticalização obriga os partidos políticos nos estados a seguirem as mesmas coligações feitas em nível nacional ou então lançarem candidatos próprios. Sem candidatos para majoritária nacional, as siglas ficam liberadas nos estados, podendo acompanhar a coligação que melhor lhe convier.

“Numa hora se tem quase tudo para dar certo, em outra não se tem nada. Essa indefinição vai se arrastar até meados do mês de junho, quando os partidos terão que decidir seus rumos”, disse a fonte, lembrando que, pela legislação eleitoral, até 30 de junho os partidos devem realizar suas convenções partidárias para decidirem qual o caminho a ser escolhido, candidatura própria ou coligação.

Os principais líderes do PP, PTB e PL, deputados Pedro Henry, Ricarte de Freitas e Welinton Fagundes, tem ponderado com firmeza que seus partidos já decidiram não coligar para ficarem liberados nos estados e isso vai acontecer. “O PTB considera essa matéria como discutida e votada e não há como modificá-la”, explica Ricarte de Freitas, apontando ter a garantia do líder do PTB na Câmara Federal, deputado José Múcio, de que o PTB não vai se coligar.

O mesmo acontece com o deputado Welinton Fagundes (PL), que reconheceu estar o partido ligado ao PT do presidente Lula, mas de forma externa, e isso não representa a necessidade de se formalizar uma coligação nacional. O atual presidente do PL nacional é o ex-ministro dos Transportes de Lula, Alfredo Nascimento, que pode levar a sigla para uma eventual coligação diante do apelo do próprio presidente da República.

Por fim o PP, com quem o PT mantém um forte vinculo em Brasília e que poderá caminhar junto na sucessão presidencial, para reforçar a base de sustentação política do presidente Lula.





Fonte: Diário de Cuiabá

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