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Saúde
Quinta - 04 de Maio de 2006 às 08:35
Por: Joanice de Deus

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O Ministério da Saúde (MS) realiza nesta quinta-feira (04.05), a partir das 8 horas, no Hotel Palace Mato Grosso, em Cuiabá, a 1ª Reunião de Dirigentes de Vigilância em Saúde Ambiental dos Estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre. “O objetivo é discutir diretrizes para execução das ações de controle de fatores ambientais que interferem na saúde e contribuem para a ocorrência de doenças e agravos”, disse o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde (Ses), Oberdan Ferreira Coutinho Lira.

De acordo com Oberdan Lira, além dos três Estados e do Ministério da Saúde, estarão presentes representantes da Coordenadoria Geral de Laboratórios de Mato Grosso (CGLAB) e da Defesa Civil do Estado. “Durante o encontro vamos discutir as diretrizes e novas tendências para o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, sendo que cada Estado vai apresentar a sua estruturação e as ações desenvolvidas na área”, comentou.

Durante a reunião, conforme Oberdan Lira, serão tratados temas como os programas de Vigilâncias do Ar (Vigiar), da Água (Vigiagua), do Solo (Vigisolo), de desastres naturais (Vigidesastre) e de segurança química (Vigiquim). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 30% dos danos à saúde estão relacionados aos fatores ambientais decorrentes de inadequação do saneamento básico (água, lixo, esgoto), poluição atmosférica, exposição à substâncias químicas e físicas, desastres naturais, entre outros.

Oberdan Lira explica que o programa Vigiagua tem como objetivo o desenvolvimento de ações de vigilância ambiental em saúde, relacionadas à qualidade de água para consumo humano, visando garantir à população a qualidade compatível com o padrão de potabilidade estabelecida pela legislação vigente para a promoção à saúde. “Trata-se de um programa que prevê o monitoramento da água para consumo, especialmente, a captada pelas Estações de Tratamento (ETAs) com vistas a análise de coliformes totais, PH da água, turbidez, entre outros”. Em Mato Grosso, os municípios já desenvolvem o programa de vigilância da água.

O Vigisolo é voltado para a implementação de ações de vigilância em saúde visando a detecção ou a prevenção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, bem como o reconhecimento da população exposta. O objetivo, conforme Oberdan Lira, é a adoção de medidas de promoção da saúde ambiental, prevenção e controle dos fatores de risco relacionados às doenças e outros agravos à saúde decorrentes da contaminação no solo por atividades consideradas antrópicas como garimpo, agrícolas e industriais. O Estado já treinou profissionais da vigilância ambiental para desenvolvimento do programa e, conseqüentemente, sua estruturação.

Já o Vigiar compreende a vigilância constante dos fatores determinantes e condicionantes do ar e que interfiram na saúde humana como o PM 10 (material articulado atmosférico e inaláveis, produzidos por queima de biomassa pelas indústrias e mineração), além da vigilância das doenças respiratórias que compõem o capítulo “J” da Classificação Internacional de Doenças, mas conhecida como CID 10 que é um catálogo de doenças existentes no mundo, assim como o capitulo “I” da classificação que trata das doenças circulatórias, além de outros fatores que influenciam na poluição atmosférica. “As ações, desenvolvidas em conjunto com os setores ambientais, visam a adoção de medidas de prevenção e controle de fatores de riscos relacionados às doenças”, disse.

Quanto ao Vigidesastre, Oberdan Lira explica que a finalidade é a vigilância dos desastres naturais como enchentes e queimadas em articulação com a Defesa Civil. E o de segurança química (Vigiquim) envolve a atenção de produtos perigosos como agrotóxicos, combustível, entre outros.





Fonte: Da Assessoria

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