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Educação/Vestibular
Quinta - 27 de Abril de 2006 às 04:52

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Escolas funcionando sem energia elétrica, merenda suspensa por falta de cozinha, alunos estudando no corredor e tendo de conviver com a escassez de sanitários. Estas são algumas cenas denunciadas em praça pública durante o protesto promovido ontem (26) pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso Sintep-MT. Segundo os sindicalistas, a maioria das escolas estaduais em Rondonópolis enfrenta situações de precariedade, que comprometem o ensino e a põem em risco a saúde dos estudantes e trabalhadores.

O ato público foi realizado na Praça Brasil, no centro da cidade, e teve como ponto alto um ‘abraço’ no quarteirão onde estão as sedes do Cefapro e das escolas Alfredo Marien e EEMOP- duas das mais antigas de Rondonópolis. Segundo o diretor de imprensa da subsede do Sintep, João Eudes da Anunciação, mais de mil pessoas participaram da manifestação e 94% das escolas pararam as atividades no período da manhã.

“Segmentos importantes como a os professores municipais, o conselho municipal de Educação, a UMES e o DCE se juntaram a nos nesse grito por uma política de valorização e qualificação do trabalhador na Educação Pública. Isso é importante, especialmente diante dos problemas terríveis enfrentados aqui em Rondonópolis”, disse João Eudes.

A maioria dos problemas deve-se ao não cumprimento do cronograma das obras de reforma das Escolas. Em muitas delas o ano letivo só começou na semana passada e está sendo desenvolvido dentro do canteiro de obras em que se transformaram as unidades.

“Na Escola José de Moraes, no Jardim Primavera, o período noturno foi cancelado porque as instalações elétricas não foram concluídas. Na escola Balbino Guimarães os alunos são obrigados a usar banheiros químicos improvisados e na Domingos Aparecido, no Conjunto São José, não tem merenda porque faltam concluir as obras na cozinha”, disse João Eudes citando algumas situações enfrentadas na rede estadual.

Conforme a subsede do Sintep, apenas na Escola Ramiro Bernardes da Silva, na Vila Pindorama, a reforma foi concluída. Nas demais as obras se arrastam e o motivo seria o atraso dos pagamentos devidos às empreiteiras contratadas pela Secretaria Estadual de Educação.

Durante o ato público realizado na Praça Brasil, os manifestantes pediram o apoio da sociedade para agilizar as negociações salariais com o Governo do Estado. Os líderes sindicais reclamam que até agora a Seduc não retomou o diálogo sobre a pauta de reivindicações apresentada pela categoria no dia 24 de março.

Os manifestantes também defenderam a derrubada dos vetos ao Plano Nacional de Educação, a conversão dos juros da dívida em investimentos na Educação e a aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – Fundeb, pelo Congresso Nacional.

O ato realizado ontem em Rondonópolis faz parte da VII Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública promovida em todo país pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).





Fonte: 24Horas News

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