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Saúde
Quarta - 26 de Abril de 2006 às 08:21
Por: Laura Petraglia

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Hoje é o Dia Nacional de Combate à Hipertensão. Embora bastante conhecida como ‘pressão alta’, grande parte da população que desenvolve a doença desconhece que a tem. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a hipertensão atinge uma média de 20% a 25% da população brasileira. Este percentual sobe para 50% nas pessoas com idade superior a 50 anos.

A professora do curso de enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Anelita Almeida Oliveira Reiners, afirma ser vários os fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença que ainda é causa de muitas mortes no país.

“São vários os fatores. Tem o hereditário, excesso de peso, má alimentação, consumo excessivo de sal. Os homens são mais propensos, a desenvolver hipertensão, as mulheres acima de 50 anos, e os negros também desenvolvem a doença com maior freqüência. A Organização Mundial de Saúde apontou-a como uma das 10 principais causas de morte no mundo, então este dia de combate tem que servir para as pessoas se conscientizarem de que se não descoberta a tempo e tratada a ‘pressão alta’ mata”, disse.

A professora afirma que a hipertensão é um fator agravante para as doenças cardiovasculares, cerebrais, renais e circulatórias, a número um em causa mortes no planeta. “Por ser um grave problema na idade adulta é que a prevenção deve começar desde a infância. Irritabilidade, ganho de peso e crescimento inadequados, cansaço excessivo durante as mamadas e os exercícios físicos são sintomas da hipertensão arterial. Porém, na maioria dos casos, a criança não apresenta indícios da doença”, disse.

Anelita foi uma das palestrantes do evento que aconteceu ontem no Hospital Universitário Júlio Müller, que teve como objetivo lembrar três datas: o dia de hoje (26) e a importância da prevenção em relação à prevenção da hipertensão arterial, o Dia internacional de Combate e Prevenção de Acidentes de Trabalho (28), e o Dia Internacional do Trabalho (1.º de maio). No hospital uma equipe formada por 10 alunos do 4º semestre do curso de enfermagem da UFMT, durante toda a manhã, aferiu a pressão arterial de funcionários, estudantes e pacientes do hospital.

O evento que teve início às 8 horas, só foi encerrado às 20 horas. A coordenadora Janete Silva Porto afirma que o objetivo principal é a integração entre funcionários, pacientes e alunos, além da conscientização de todos sobre saúde e como prevenir acidentes de trabalho.

Existem dois tipos de hipertensão

Existem dois tipos de hipertensão arterial: a primária e secundária. A primeira é caracterizada por não apresentar uma causa conhecida, enquanto na secundária é possível identificar a causa da doença.

A professora lembra que o ideal é medir a pressão pelo menos a cada seis meses, ou com intervalo máximo de um ano. “Assim é possível se diagnosticar a doença tão logo ela surja. A pressão considerada normal está abaixo de 13 por 8,5. A faixa de risco está entre 13 por 8,5 e 13,9 por 8,9. Hipertenso é todo indivíduo que tenha pressão igual ou acima de 14 por 9”, disse.

Anelita lembra que a doença tem tratamento, mas não cura, o que acaba onerando, em muito, os gastos pessoais do doente e o investimento do serviço público de saúde. “Muitos pacientes sabem que são hipertensos, mas muitas vezes não conseguem o remédio nas unidades de saúde e como o medicamento custa caro, eles acabam por não fazer o tratamento adequado”, disse.

A hipertensão ocorre porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem e fazem com que a pressão do sangue se eleve. Essa elevação da pressão acaba causando danos à camada interna dos vasos, fazendo com que se tornem endurecidos e estreitos, podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper-se, o que pode ocasionar doenças como angina e infarto, derrame cerebral (AVC) e a paralisação dos rins.





Fonte: Folha do Estado

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