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Educação/Vestibular
Terça - 11 de Abril de 2006 às 12:14

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A distribuição este ano de livros didáticos para os alunos do Ensino Médio, feita pelo Governo Federal, embora tenha agradado a todos, ainda está muito aquém do ideal. A constatação é dos professores, diretores e alunos da rede pública de Mato Grosso, que apesar de estarem animados com os investimentos nos livros, acreditam que apenas uma parte do problema foi resolvida. Com as disciplinas de Português e Matemática agora embasadas pela obras, outras matérias importantes como Física, Química e Biologia continuarão a serem ensinadas apenas pelos professores.

Diante dessa realidade, o deputados estaduais Eliene Lima (PP), que leciona há mais de 25 anos e conhece de perto as dificuldades enfrentadas pelos alunos e educadores, e José Riva (PP) sugerem que o Governo do Estado ajude os alunos da rede estadual a terem um ensino melhor, fazendo a doação também livros didáticos. Tal iniciativa diminuiria a diferença da qualidade de ensino entre os alunos da rede pública e das escolas particulares. “Esses novos livros didáticos entregues irão auxiliar em muito na educação desses jovens, já que até o ano passado os alunos da 1º a 3º série do Ensino Médio não possuíam nenhum instrumento de auxilio nas aulas. Porém essa doação é insuficiente. O Governo estadual deve intervir nisso e destinar parte dos seus recursos na compra de livros”, ressalta Eliene Lima.

Conforme o parlamentar, a intenção é seguir o exemplo do Governo de Minas Gerais, que é o único estado a oferecer cinco livros didáticos para os alunos matriculados no Ensino Médio, utilizando seus próprios recursos. Eliene acrescenta que em 2005 Minas Gerais, um ano antes do Governo Federal, começou a realizar a entrega de obras nas disciplinas de Português e Matemática. Este ano, o estado do Sudeste entregou livros também para as matérias de Física, Química e Biologia.

“O livro didático é imprescindível para a formação do aluno, seja para os que pretendem ingressar no mercado de trabalho como para os que desejam dar continuidade aos estudos em nível superior. É uma fonte de informações que dá mais segurança ao professor e autonomia ao aluno no processo de aprendizagem, e o Estado precisa investir nisso”, diz Eliene, acompanhado do deputado José Riva.

Mato Grosso possui 133,167 mil estudantes matriculados no Ensino Médio na rede pública. Com esse número, o Estado recebeu 307, 158 mil, entre livros e manuais do professor. Recebimento considerado escasso não só para os parlamentares, como também para o mestre em Educação e professor da Universidade Federal de Mato (UFMT), José Roberto Damasceno. De acordo com o educador, “o livro didático na sala de aula é um recurso indispensável tanto para os professores, quanto para os alunos”.

Para o deputado estadual José Riva, a falta do livro didático é um do dos principais fatores responsáveis pelas dificuldades dos alunos em sala de aula e conseqüente pelo abandono da escola. "Garantir o livro, além da possibilidade de qualificar nossos alunos, é um instrumento de diminuição da evasão escolar", disse Riva.

Ainda de acordo com o 4º secretário da Assembléia Legislativa, o Brasil utiliza mal seus recursos para a área educacional. Como exemplo ele cita uma entrevista do estudioso americano naturalizado brasileiro, Normal Gall, feita a Revista Veja do mês de fevereiro. O estudioso detectou que o Brasil gasta com um aluno do curso primário 1/5 do que gasta a Grã-Bretanha. Mas gasta com um aluno universitário duas vezes mais que a Grã-Bretanha. “Essas distorções precisam sem corrigidos, e para isso, o Governo do Estado precisa ajudar nesse processo”, finaliza Eliene.

Material concentrado- Para diminuir os custos na aquisição dos livros didáticos ao Ensino Médio, Eliene Lima sugere que o material seja concentrando em um só material, no estilo apostila. O deputado defende que o material seja semelhante aos adotados pelas escolas particulares e ensinos preparatórios, como os colégios Máster, Max, Anglo, Objetivo, Positivo, e outros. “Assim facilitaria o manuseio do material, e o principal, o custo é bem menor do que se fosse comprado um livro para cada matéria”, afirma Lima.

“O custo do investimento é pequeno se comparar ao benefício que ele trará”, finaliza o parlamentar, que além de cobrar a participação do Governo na doação de livros




Fonte: Da Assessoria AL

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