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Nacional
Domingo - 19 de Março de 2006 às 15:54

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A Anistia Internacional vai encaminhar 20 mil cartões-postais com fotos do carro blindado adaptado para ser um veículo militar, conhecido como caveirão, para diversos países. Ao mesmo tempo, organizações brasileiras pretendem fazer um abaixo-assinado pedindo o fim da utilização do veículo.

O caveirão é utilizado pelas forças policiais durante operações em favelas do Rio de Janeiro. Segundo o pesquisador da organização não governamental (ONG) Centro de Justiça Global, Marcelo Freixo, representa um "instrumento de extermínio e de morte". Para ele, o combate ao tráfico de drogas nas favelas do estado deveria ser realizado através de uma reformulação da concepção de segurança e de políticas socais.

"Menos de 1% dos moradores de qualquer favela do Rio é envolvido com o tráfico. A maioria esmagadora é formada por trabalhadores honestos, que são vítimas da violência duplamente", afirmou Freixo.

Para protestar contra o uso dos blindados, a Justiça Global, ao lado da Anistia Internacional, a Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e o Centro de Defesa de Direitos Humanos de Petrópolis lançaram, esta semana, uma campanha internacional para que realize uma abrangente reforma da política de segurança do Rio.

O objetivo é sensibilizar as autoridades para que o caveirão deixe de ser utilizado para "intimidar comunidades inteiras e realizar operações policiais violentas com uso excessivo da força", conforme acusa o documento produzido pelas organizações.

"O caveirão leva medo, pânico a qualquer morador de favela. As cerca de 700 favelas do Rio são dominadas pelo tráfico principalmente porque falta creche, escola, hospitais. Sem isso, não tem carro ou instrumento bélico que vá garantir segurança à sociedade", disse Freixo.




Fonte: Agência Brasil

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