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Cidades/Geral
Sexta - 17 de Março de 2006 às 08:36
Por: Silvana Ribas

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O delegado municipal de Rondonópolis, Henrique de Freitas Meneguelo, começa a montar um verdadeiro quebra-cabeças, como ele próprio define, para tentar descobrir se o veneno que intoxicou seis professores e um aluno da Escola Estadual Major Otaviano Pitaluga foi culposo ou doloso. O fato ocorreu no dia 5 de dezembro do ano passado e esta semana foi divulgado o resultado dos exames toxicológicos realizados no Laboratório de Análises de Resíduos de Biocidas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que confirmou a presença do inseticida Endosulfan. O veneno foi encontrado em uma amostra de água coletada em uma garrafa plástica de água mineral de 500 ml.

Logo depois de receber o laudo o delegado reiniciou os depoimentos. Além das vítimas e da diretora, o delegado vai tomar depoimentos de três servidores encarregados de fazer a limpeza da escola e outros que possam ter tido acesso a sala dos professores.

Uma informação que pode ser decisiva na apuração para saber se houve intensão ou não no envenenamento é a possibilidade do veneno fazer ou não parte dos componentes utilizados pelo laboratório de química da escola. "Tal fato poderia significar que houve apenas negligência no manuseio do produto, sem intensão de crime". Mas até agora nenhuma hipótese foi descartada pela polícia.

A intoxicação das sete pessoas deixou a cidade em alerta. Algumas chegaram a ficar internadas no Hospital Regional do município, lembra o delegado. Na ocasião a polícia optou por coletar amostras de diversos produtos que haviam sido servidos às vítimas, como amostras do café em pó, açúcar, café preparado e da água que estava na garrafa mineral. O delegado diz que a água não veio em embalagem lacrada e havia sido colocada em embalagem reaproveitada.

A contaminação não chegou a provocar intoxicação aguda, já que o veneno se trata de um inseticida de contato e ingestão, utilizado para aplicação nas partes aéreas das culturas de algodão, café e soja. É classificado como altamente tóxico, pertencente à Classe II, com indicação de faixa amarela.





Fonte: A Gazeta

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