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Cidades/Geral
Sexta - 03 de Março de 2006 às 13:57

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Todas as sextas-feiras, Gliciane Chiarelle, 21 anos, dedica-se integralmente ao ensino do violino para 18 alunos do Projeto Ciranda – Música e Cidadania. A professora, que integra a Orquestra do Estado de Mato Grosso, está no ultimo ano de Educação Artística, habilitação em Música, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Para ela, os alunos são sementes valiosas. “É gratificante ver nas crianças o resultado do que você sabe. A música é muito importante para a formação cognitiva e cultural”.

Gliciane está no Projeto desde agosto de 2005 e considera a iniciativa muito importante principalmente porque a maioria das pessoas atendidas é de baixa renda. “O violino é um instrumento caro e seu aprendizado tem sido restrito a quem tem dinheiro”, ressalta. Ela considera que o sucesso profissional do músico vem com força de vontade e dedicação. “Tudo o que se faz com estudo e persistência dá certo”.

Gliciane começou a estudar o instrumento aos 15 anos com um professor particular. Para se aperfeiçoar, participou de vários festivais em diversos estados brasileiros. O último foi em Brasília, no mês de janeiro. “Somos carentes de violinistas. Chegamos a um ponto em que não haviam professores qualificados em Cuiabá. Esta realidade vem mudando através de um esforço coletivo que envolve a sociedade e setores governamentais. É preciso ver além do horizonte e entender que o retorno de qualquer iniciativa educacional vem em longo prazo”. Atualmente, estuda violino quatro horas por dia e deve fazer mestrado logo após se formar. Em 2006, continuará integrando a Orquestra do Estado, iniciativa que marcou a história da música em Mato Grosso. “A vinda de profissionais de fora para compor a orquestra possibilita oportunidade de crescimento que nunca tivemos aqui no Estado”.

Gliciane assegura que as pessoas só não gostam de música erudita pela falta de conhecimento. “É difícil gostar do que não se tem acesso. Quando se tem a oportunidade de assistir a um bom grupo, a mudança de opinião é inevitável”. O exemplo vem dos próprios alunos do Projeto Ciranda. “As crianças começam a passar o que sabem para os pais, parentes e amigos, que logo irão gostar da música. O que falta mesmo é divulgação e investimentos continuados”, explica.

A musicista dá aulas desde os 19 anos, já participou do projeto social Música para Todos, tocou durante quatro anos na Orquestra Sinfônica da UFMT e participou da Camerata Pantanal.

O Projeto Ciranda – Música e Cidadania é uma organização sem fins lucrativos que se mantêm e desenvolve projetos com o apoio dos seguintes parceiros: Governo do Estado de Mato Grosso através da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania (SETEC) e Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP); Governo Federal através do Ministério da Cultura e Ministério do Trabalho e Emprego; das empresas Mutum Agropecuária, Modelo IGA, City Lar, Tauro Motors Mitsubishi, Floresteca, Rühling Consultoria Corporativa, Mix Comunicação e Furnas Centrais Elétricas; e das instituições COEP/MT e Unesco.





Fonte: Pau e Prosa

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