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Segunda - 27 de Fevereiro de 2006 às 08:18

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Você se irrita quando é obrigado a enfrentar engarrafamentos imensos na saída do trabalho? Ou quando, sem querer, passa em frente a uma escola no exato momento em que pais estão buscando o filho na saída da aula? A boa notícia é que você não está só. A ruim é que o problema tende a se agravar.

Os congestionamentos de veículos enfrentados pelos motoristas diariamente em diversos pontos de ruas e avenidas de Cuiabá deverão piorar a cada dia, com o aumento no número de veículos nas ruas da cidade.

Com a frota crescendo entre 5% e 10% ao ano, a estimativa do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) é que no primeiro semestre de 2007 a cidade terá circulando em suas ruas 200 mil veículos de passeio e utilitários, como automóveis, ônibus, micro-ônibus, motocicletas e caminhões.

Entre 2000 e 2005 o número de veículos registrados no Detran saltou de 144.690 para 180.238, segundo dados da Diretoria de Veículos do órgão, setor responsável pelo licenciamento dos carros. Esse índice representa um veículo para cada três habitantes. Nesses cinco anos, os carros de passeio pularam de 93.099 para 104.344.

Mas o maior aumento se verificou entre as motocicletas, que praticamente duplicaram, pulando de 15.460 para 29.823 até dezembro do ano passado. Uma explicação para o fenômeno é o aumento no preço do combustível. Por ser mais econômica, a moto se tornou uma boa opção para quem precisa se deslocar muito pela cidade.

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU) tem catalogados os principais pontos de engarrafamento da cidade. O quadro que ilustra esta página mostra quais são eles.

Para a secretaria, Cuiabá não é uma cidade planejada para ter tantos veículos circulando em suas vias. “Tem uma arquitetura acanhada e não teve planejamento. As primeiras ações unindo trânsito, transporte e urbanismo começaram há somente 25 anos”, disse o então secretário Emanuel Pinheiro, que deixou o cargo na última sexta-feira.

Por causa dessas questões, as melhorias implementadas no sistema de tráfego dependem mais de saídas criativas que de grandes obras. Como exemplos, a secretaria aponta as recentes mudanças viárias em locais onde semáforos não ajudavam a ordenar o tráfego ou evitar engarrafamento. São eles os trevos do Santa Rosa (Miguel Sutil, Lava-Pés e Antártica) e da Atalaia (Perimetral, Jurumirim e Professor João Félix).

Nesses dois trevos e outros cruzamentos de vias de grande fluxo de veículos, os sinaleiros foram substituídos por um sistema de sinalização vertical e horizontal que prioriza o tráfego aos carros que fazem a rotatória. Esta medida nada mais é do que o cumprimento do que estabelece o Código Brasileiro de Trânsito.

Mas para amenizar os problemas nos trechos em que nos horários de pico ocorrem congestionamentos, Emanuel Pinheiro vê saídas somente de longo prazo.

Entre as quais, investir na melhoria da qualidade do transporte coletivo e alterações no expediente das repartições públicas, comércio e entrada e saída da escola.

Acredita-se que trinta minutos de diferença no horário de funcionamento de cada setor daria maior fluidez no trânsito e acabaria de vez com alguns congestionamentos crucias, como o da avenida Dom Aquino, registrado nos horários de entrada e saída de alunos do Colégio São Gonçalo.





Fonte: Diário de Cuiabá

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