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Internacional
Quarta - 08 de Fevereiro de 2006 às 07:00

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O governo argentino mobilizou a Gendarmaria na província de Santa Cruz, para conter os petroleiros que enfrentaram a polícia nesta terça-feira, após a prisão de um sindicalista. Um oficial morreu baleado e dezenas de pessoas ficaram feridas. O confronto aconteceu na cidade de Las Heras, na província petroleira da qual é originário o presidente Néstor Kirchner e cujo governador, Sergio Acevedo, defendeu a atuação dos policiais, alegando que eles estavam desarmados e que os tiros foram disparados por manifestantes.



Líderes sindicais e do Partido Operário que participaram da manifestação garantiram que os manifestantes estavam desarmados, mas não descartaram a possibilidade de alguém ter se infiltrado no protesto e atirado.

O tumulto começou de madrugada, quando, por ordem judicial, a polícia de Las Heras prendeu Mario Navarro, representante do sindicato de petroleiros, em meio a uma greve que já dura 15 dias.

A essa decisão somou-se outra disposição da Justiça provincial, de remover os manifestantes que bloqueavam o acesso à petroleira Repsol YPF e outras multinacionais.

Em entrevista coletiva, o governador afirmou que a polícia usou apenas bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter os manifestantes. O tumulto terminou com um policial morto e outros 14, feridos.

O Partido Operário acusou Acevedo pela repressão e disse que 15 manifestantes tiveram que ser hospitalizados. Já o sindicalista petroleiro Omar Latini afirmou à rádio Continental que houve troca de tiros, e que 18 manifestantes foram baleados.

Las Heras, cidade de 9.300 habitantes onde a maioria da população vive da atividade das petroleiras instaladas na região, encontrava-se "mobilizada" hoje e com as atividades totalmente paralisadas, em meio ao clima de tensão.





Fonte: AFP

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