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Esportes
Quinta - 26 de Janeiro de 2006 às 11:39

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Pelé, maior jogador de futebol de todos os tempos, defendeu nesta quinta-feira o futebol como instrumento de paz e integração social, em uma inédita intervenção no Fórum Econômico Mundial (WEF) de Davos. "Como uma bola pode mudar o mundo" era o título do seminário do qual Pelé participou ao lado dos presidentes da Fifa, Sepp Blatter, e do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge.

"Represento os jogadores e esportistas de todo o mundo", disse Pelé. "É a primeira vez que se debate o futebol e os esportes na presença de um jogador, que é quem faz o espetáculo", acrescentou.

Também estavam ao lado do brasileiro David Stern, comissário da NBA (National Basketball Association), Charles Denson, co-presidente da Nike, e Mel Young, empresário social britânico que idealizou a "Homeless World Cup" (Copa do Mundo dos sem-teto).

Além de listar grandes princípios sobre os benefícios do esporte, Pelé contou algumas anedotas sobre sua vida como jogador de futebol.

Na Copa de 1958, a primeira disputada por Pelé (então com 18 anos), o jovem jogador estranhou o fato de que nenhuma equipe européia tinha jogadores negros em suas equipes.

"Não há negros na Europa como no Brasil?", Pelé disse ter perguntado a outros jogadores mais experientes.

Hoje, "há negros em todas as equipes do mundo" e isso mostra o "trabalho de integração" que pode ser feito mediante o futebol, disse Pelé, que não mencionou as manifestações racistas que vêm ocorrendo em vários estádios europeus.

"Quando fizemos com o Santos uma viagem pela África nos anos 60, dois bandos que se enfrentavam em uma guerra civil decidiram promover uma trégua para que a partida pudesse ser disputada", contou Pelé.





Fonte: AFP

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