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Educação/Vestibular
Sexta - 20 de Janeiro de 2006 às 20:42

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Os Centros Familiares de Formação por Alternância (Ceffas), que garantem escolarização a jovens do campo, poderão contar com um importante apoio: o Programa Nacional de Educação. A criação deste programa foi alvo de discussão durante toda esta semana, em Brasília, entre pesquisadores, educadores e representantes dos Ceffas de vários Estados.

O objetivo é buscar recursos financeiros para que os Ceffas possam continuar seu trabalho de escolarização de jovens agricultores familiares, permitindo uma melhor qualificação profissional, gerando trabalho e renda no campo e melhor qualidade de vida das famílias rurais.

Reunidos na sede da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), os participantes dos debates entregaram ontem ao secretário de Agricultura Familiar do ministério, Valter Bianchini, o documento preliminar do Programa Nacional para a avaliação da Secretaria.

Hoje o Brasil conta com 239 Centros Familiares, distribuído em 19 Estados da federação, envolvendo mais de 800 municípios e atendendo, atualmente, cerca de 20 mil jovens, filhos de agricultores familiares. Em três décadas de atuação, os Ceffas já formaram mais de 50 mil jovens.

Segundo o secretário Valter Bianchini, o Ministério do Desenvolvimento Agrário já vem apoiando o trabalho dos Ceffas. Este ano serão investidos R$ 10 mil em cada escola familiar, para o fortalecimento da extensão rural. Isso significa cerca de R$ 2,5 milhões para todo o Brasil. Para o crédito rural serão aproximadamente R$ 30 milhões. Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT) tem investido para melhorar a infraestrutura das escolas nos territórios.

"Em 2006, vamos articular e avançar no fortalecimento dos centros familiares de alternância e da juventude rural", garante.

Para o secretário executivo da União Nacional das Escolas-Famílias Agrícolas do Brasil (Unefab), David Rodrigues de Moura, o grande problema hoje enfrentado pelos Ceffas é a manutenção.

"Temos buscado recursos mas estes chegam de forma pontual, para uma determinada ação. Não nos dá garantia de sustentabilidade", explica Moura.

A metodologia da alternância consiste em processo educativo no qual o aluno não fica o tempo todo na escola. Ele passa um tempo na escola e outro com a família, incluindo estes no processo educativo. Nesta metodologia, a família ajuda a elaborar o processo de educação da escola. O aluno tem uma participação na sua comunidade desenvolvendo ações como a assistência técnica e extensão rural orientada pelos professores e monitores, além de ter um projeto de atuação na comunidade.





Fonte: Ministério da Agricultura

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