Mato Grosso aparece como o terceiro em caso de dengue no país

O ministro da Saúde, Saraiva Felipe, afirmou que nem o Rio de Janeiro nem o Brasil vive uma epidemia de dengue em 2006. "Até o presente momento, não há epidemia. Só há risco se o vírus do tipo 4 entrar no país", afirmou no Rio após anunciar a liberação de R$ 45,5 milhões a serem investidos na área de saúde no Rio.

Saraiva Felipe afirmou que o número de casos de dengue em todo o Estado do Rio soma 109 até o momento e a previsão é de que atinja 280 até o final do mês. "Nós vamos fechar (o mês) com um índice bem baixo, o que definitivamente não configura epidemia de dengue no Rio de Janeiro."

Ele lembrou que só no município do Rio, na última epidemia, foram registrados mais de 13.000 casos em janeiro. Segundo ele, em todo o Brasil, foram notificados 1.690 casos da doença em janeiro, ante 13.540 no mesmo mês do ano passado.

O Rio de Janeiro aparece em quinto lugar no ranking nacional de incidência de casos. O ministro informou que em Goiás foram contabilizados 697; em Minas, 300; em Mato Grosso, 137; no Amapá, 113; e no Rio, 109. Para o ministro, as Regiões Norte e Nordeste são as mais vulneráveis, uma vez que o vírus do tipo 3 ainda não circulou pelos Estados. "Mas felizmente não há registro até agora de óbito por febre hemorrágica de dengue no Brasil", declarou.

A força-tarefa das secretarias estadual e municipal de Saúde do Rio contra o mosquito "Aedes aegypti", transmissor da doença, iniciou os trabalhos nesta quinta-feira.

Cinquenta agentes de saúde do município e 100 do Estado começaram o combate ao mosquito pela zona oeste da cidade, local de maior registro de casos. Carros que aplicam inseticida também circularam pela área.

A partir da semana que vem, 500 homens do Corpo de Bombeiros integrarão a força-tarefa. "Nós fomos de casa em casa, procuramos larvas do mosquito, aplicamos larvicida e distribuímos folhetos explicativos. Estamos tentando mobilizar a população", disse Aloizio Ribeiro, representante do Centro de Vigilância do Estado.