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Saúde
Terça - 17 de Janeiro de 2006 às 11:11

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O secretário-geral da Cruz Vermelha, Markku Miskala, ressaltou hoje em Pequim que o mundo deve "evitar o pânico" em relação à gripe aviária, doença que nos últimos dias matou mais duas pessoas na Turquia e na Indonésia, mas por outro lado "deve ser mais realista com as pessoas que correm maior risco".

Miskala fez o pedido na Conferência Internacional sobre Promessas de Contribuições para a Gripe Aviária e a Gripe Humana, que começou hoje na capital chinesa e que procura saber quanto custará ao mundo a epidemia e de que forma pode reunir os fundos necessários para evitá-la.

O representante da Cruz Vermelha ressaltou que a tarefa crucial é "trabalhar diretamente com as comunidades, nos povoados", e cooperar com qualquer associação local que possa chegar à população, "sem nenhum tipo de discriminação".

O principal responsável pela ONU para a gripe aviária, David Nabarro, lamentou que alguns casos tenham ocorrido por falta de informações sobre a doença, caso das crianças que contraíram o vírus após brincar com aves mortas.

A Cruz Vermelha falou hoje sobre sua experiência em outros surtos que causaram alarme mundial (ebola, Síndrome Respiratória Aguda Grave, etc) para cooperar com as Nações Unidas e os países com casos humanos (até agora China, Turquia, Vietnã, Tailândia, Indonésia e Tailândia).

Miskala ressaltou que, além de medidas que estão na mente de todos, como vacinações de animais ou sistemas de detecção rápida de focos, devem ser organizados "programas de conscientização em higiene, apoio psicológico a afetados, e visitas de apoio a regiões que estejam submetidas a quarentena".

A conferência de Pequim é organizada pelo Governo chinês - um dos países mais afetados, com mais de 21 milhões de aves mortas em 2005, 32 focos e oito casos em humanos -, a União Européia e o Banco Mundial (BM).

O BM calcula que será necessário US$ 1 bilhão para dar apoio aos países em desenvolvimento afetados ou que correm o risco de ter focos da doença, como os do Oriente Médio e da África.

A União Européia e o Japão, entre outros, já prometeram oferecer pacotes de ajuda humanitária durante a conferência, mas suas ofertas por enquanto não chegam ao número sugerido pelo BM.

O diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Pacífico Ocidental, Shigeru Omi, sugeriu em entrevista à EFE que o número calculado pelo BM pode ser insuficiente, e disse esperar que os EUA contribuirão para a causa.

Segundo os últimos números confirmados pela OMS, a gripe aviária atingiu 148 pessoas nos seis países afetados, das quais 78 morreram.




Fonte: EFE

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