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Saúde
Sexta - 13 de Janeiro de 2006 às 14:42

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O Dia Mundial de Luta Contra a Aids é celebrado este ano com o saldo de pelo menos 40 milhões de infectados e mais de três milhões de mortos em 2005. Desde que foi diagnosticada, esta terrível epidemia matou mais de 25 milhões de pessoas no mundo.

Nos países em desenvolvimento, a imensa maioria dos enfermos que precisa urgentemente de tratamento contra a doença continua sem acesso aos medicamentos. As estatísticas são estarrecedoras: no melhor dos casos, uma pessoa em cada dez na África e uma em cada sete na Ásia recebem anti-retrovirais.

Diante da grave situação, os países devem apresentar uma resposta "excepcional", disse na Indonésia Peter Piot, diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids). Piot considera que existem duas opções: "aceitar que os esforços mundiais são incapazes de seguir o ritmo do aumento de infecções e mortes (...) ou reconhecer a ameaça mundial excepcional e dar uma resposta igualmente excepcional".

Epidemina na Ásia

A presença de Piot neste arquipélago de 220 milhões de habitantes não é casual e se deve ao fato do país estar à beira da epidemia. A Indonésia calcula que, entre 90 e 130 mil pessoas são soropositivas, mas outras estatísticas apontam que pelo menos metade dos aproximadamente 600 mil viciados em drogas por via intravenosa estão infectados. Além disso, o índice de contágio das prostitutas e de seus clientes se situa "a um nível alarmante e continua subindo", adverte a Unaids.

Os casos também estão em forte alta na Malásia, que segundo as autoridades terá 300 mil soropositivos em 2015, contra os 65.000 atuais.

Consciente da escassez de meios, a Austrália ofereceu uma ajuda de 7,4 milhões de dólares à Índia para os grupos mais expostos a contrair o vírus, como as crianças, as pessoas que exercem a prostituição ou os viciados em drogas.

A Índia possui 5,1 milhões de soropositivos, o que transforma este país no segundo mais afetado no planeta, atrás apenas da África do Sul. Trinta soropositivos chegaram nesta quinta-feira a Nova Délhi para encerrar uma "marcha pela vida".

Os dois enfermos integravam um grupo de soropositivos contagiados por transfusões de sangue que desejavam participar em uma conferência organizada por uma ONG para pedir auxílio econômico às autoridades.

Nesta quinta-feira a Índia realizou uma "marcha pela vida", ao mesmo tempo em que a China optou por calar e reprimir os soropositivos.




Fonte: Terra

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