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Quinta - 12 de Janeiro de 2006 às 08:06

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Alex Ferguson está completando 20 anos à frente do Manchester United Um estudo feito por uma das principais escolas de administração da Grã-Bretanha e divuldado nesta quarta-feira conclui que o troca-troca de treinadores é prejudicial ao desempenho dos clubes de futebol.

A conclusão da Warwick Business School se baseia na análise do desempenho dos clubes das quatro principais divisões do futebol inglês entre 1992 e a atualidade.

Segundo a economista Susan Bridgewater, autora do estudo, apesar de o troca-troca aparentemente não trazer os resultados desejados, os técnicos estão ficando cada vez menos tempo à frente dos clubes.

Em 1992, a gestão média nas quatro principais divisões do futebol inglês durava 2,72 anos, enquanto em 2005 havia caído para 1,72.

No Campeonato Inglês de 2004-2005, cinco clubes da primeira divisão trocaram de treinador - para comparar, apenas dois clubes não fizeram o mesmo durante o último Brasileirão, e São Caetano e Juventude foram comandadas por cinco técnicos diferentes.

Bridgewater afirma no estudo que “o alto nível de instabilidade e mudanças tem um efeito danoso na indústria (do futebol) tanto em termos de custos quanto de sucesso dos clubes”.

Sucesso e fracasso

Para definir o sucesso dos treinadores, Bridgewater levou em consideração vários fatores, entre os quais o número de vitórias conquistadas no período, o nível salarial dos jogadores e a quantidades de postos que um time ganhou ou perdeu na hierarquia do futebol inglês.

Ela argumenta que equipes como o Manchester United, treinada por Alex Ferguson desde 1986, e o Charlton, de Londres, que está sob o comando de Alan Curbishley desde 1991, conseguem resultados mais condizentes com seus recursos e suas ambições.

O Manchester United, no período pesquisado, venceu oito vezes o Campeonato Inglês e uma vez a Liga dos Campeões da Europa.

Já o Charlton Athletic, um dos “nanicos” da capital britânica, conseguiu voltar à primeira divisão em 1998 e desde então tem conseguido se manter na elite do futebol inglês, apesar de dispor de recursos minguados.

No outro extremo encontra-se o Crystal Palace, que já foi um dos principais times de Londres, mas, no período pesquisado, passou mais tempo na segunda divisão do que na primeira, e em 2001 só escapou da terceira na última rodada do campeonato.

Bridgewater considera como um sucesso o caso do Crewe Alexandra, uma pequena equipe do oeste inglês, que ganhou 48 posições no período pesquisado, passando do pé da terceira divisão para os postos de elite da segunda, sob a batuta de Dario Gradi, seu treinador desde 1983.

Já o Notts County, tido como clube mais antigo do mundo, trocou de técnico 11 vezes no período. Hoje na quarta divisão, em 1991 o clube disputava a primeira.




Fonte: BBC Brasil

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