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Polícia Brasil
Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 13:45
Por: ADILSON ROSA

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Após 40 horas comandando o seqüestro da ex-esposa, o ex-presidiário do extinto presídio do Carandiru (SP) Cláudio Galvão, de 41 anos, tentou se matar ao explodir uma bomba caseira. Antes de explodir a bomba, ele libertou a ex-mulher. O artefato destruiu o telhado da casa onde ele chegou a manter sete reféns da família da ex-esposa, libertados na terça-feira passada. Cláudio foi levado ao Pronto-socorro Municipal com queimaduras e ferimentos pelo corpo.

Policiais militares que trabalharam na negociação comemoraram o saldo positivo que não deixou nenhum morto e apenas um ferido. “Trabalhamos com o cansaço dele (Cláudio). Além disso, avaliamos que a bomba não teria tanto impacto assim. Em nenhum momento pensamos em invadir a casa e por fim ao caso”, observou o coronel Antônio Benedito Campos Filho, que chefiou as negociações.

Segundo ele, Cláudio estava no limite do cansaço, pois tinha ficado duas noites sem dormir. Além disso, os policiais contavam os projéteis deflagrados. De um total de 12, oito haviam sido deflagrados e os policiais apostavam que ele iria gastar todas.

A todo momento, Cláudio ameaçava matar a ex-esposa e praticar o suicídio. Dizia que não queria voltar a ser preso. “Antes de ser preso, eu me mato. Ninguém vai me levar preso”, disse aos policiais durante a negociação.

O seqüestro, ocorrido numa chácara no bairro Barreiro Branco, em Cuiabá, começou na segunda-feira, por volta das 22h30, com seis reféns e terminou ontem, por volta das 14h30, com a libertação da ex-esposa do sequestrador, Clarice dos Santos, de 24 anos. Ele explodiu a bomba ontem, às 14h20, após libertar a esposa e atirar a esmo. Em seguida, acionou o estopim e o telhado da casa foi pelos ares.

Na terça-feira, Clarice foi trocada por seis pessoas da família dela: dois irmãos e duas irmãs, a mãe e um sobrinho rendidos desde a segunda-feira à noite. Além da bomba caseira, Cláudio estava armado com um revólver calibre 38. Na terça-feira de manhã, ele havia libertado outros dois reféns.

Horas antes da explosão, Cláudio fez uma série de exigências. Queria a presença da filha Claudiomara, de 11 anos, que mora com outra avó no Jardim Vitória. Os PMs acreditavam que ele iria revê-la antes de se matar. “A menina nem chegou perto dele e houve a detonação da bomba”, disse um policial.

O delegado Dinelson Pires, da Gerência de Operações Especiais (GOE) informou que Cláudio será autuado em flagrante por seqüestro e cárcere privado. “É um crime que independe de representação”.





Fonte: Diario de Cuiabá

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