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Internacional
Terça - 03 de Janeiro de 2006 às 18:20

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O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse ontem que adiará as eleições parlamentares palestinas, originalmente marcadas para o próximo dia 25, se Israel impedir que os habitantes da parte leste de Jerusalém participem do pleito.

O governo de Israel afirmou ainda não haver decidido se os cerca de 200 mil palestinos que vivem no leste de Jerusalém poderão votar, pois, de acordo com Tel Aviv, os acordos de paz oficialmente em vigor não autorizam a participação política dos palestinos de Jerusalém.

Ademais, Israel receia que, autorizando a votação na parte leste de Jerusalém, esteja legitimando a atuação do grupo terrorista Hamas, que tem candidatos inscritos nas eleições parlamentares.

CONVENIENTE

Por outro lado, adiar o pleito é conveniente para a a atual administração da Autoridade Nacional Palestina, que teme que o Hamas obtenha uma vitória maciça nas urnas. O Fatah, partido atualmente no poder na ANP, já vinha pressionando Abbas pelo adiamento. "Nós todos concordamos que Jerusalém tem de participar das eleições", disse ontem Abbas. "Se ela não for incluída, todas as facções concordam que não deve haver eleição". No entanto um porta-voz do Hamas na faixa de Gaza afirmou que não houve nenhum acordo amplo entre os palestinos para que o pleito seja adiado.

Já o governo de Israel disse que não quer ser acusado de dar motivos para que os palestinos adiem a eleição. O último pleito legislativo entre eles ocorreu em 1996.

VIOLÊNCIA

Na faixa de Gaza, cerca de 200 policiais palestinos, atirando para o ar, tomaram temporariamente alguns prédios da administração da ANP, em protesto contra sua incapacidade de manter a ordem. A polícia não tem conseguido manter a paz na região desde que Gaza foi entregue à ANP por Israel. Ontem policiais trocaram tiros com membros do Hamas.

Um relatório da inteligência israelense divulgado ontem ressalta o problema de segurança palestino, ao informar que mísseis antiaéreos entraram em Gaza por meio da fronteira com o Egito.

De acordo com o relatório, militantes palestinos têm adquirido os mísseis para usá-los em caso de investidas da Força Aérea de Israel contra militantes em Gaza.

O Ministério do Interior da ANP negou que as informações do relatório sejam verdadeiras.

Também na faixa de Gaza, um carro explodiu em suposto ataque aéreo israelense. Aviões israelenses também dispararam contra militantes.





Fonte: Diário de Cuiabá

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