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Educação/Vestibular
Quinta - 08 de Dezembro de 2005 às 16:29
Por: Célia Froufe e Francisco Carlo

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São Paulo - O reajuste médio dos preços dos itens do grupo Educação desde janeiro de 1997 até o mês passado foi 19,50 pontos porcentuais superior à inflação apurada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para o município de São Paulo no período.

De acordo com nota à imprensa divulgada nesta quinta-feira, o Índice do Custo de Vida (ICV) acumulou nestes anos uma alta de 90,60%, enquanto o grupo Educação teve seus preços reajustados em 110,10%.

Dentre seus subgrupos, os bens da educação subiram 88,49% e os serviços, 112,76%. No caso dos materiais escolares, chamou a atenção dos técnicos do Dieese o aumento ocorrido nos livros (130,55%) frente a pouca variação verificada nos cadernos e papéis (37,74%).

"No subgrupo dos serviços da educação, algumas mensalidades escolares subiram extraordinariamente, como foi o caso das universidades (147,99%)", salientaram no documento.

Acima da média Os aumentos dos cursos de 1.º e 2.º grau, embora menores que os universitários, situaram-se acima da inflação, 112,83% e 111,60%, respectivamente. As escolas maternais e pré (84,43%) e os outros cursos (76,78%) apresentaram reajustes menores.

Neste período, os serviços da educação registraram, em média, uma diferença de 22,16 pp acima do índice geral. As diferenças anuais entre o índice geral e os serviços da educação apontam os períodos em que os reajustes foram acima ou abaixo da inflação.

Nos dois primeiros anos da série apurada pelo Dieese, 1997 (7,98 pp) e 1998 (7,72 pp), os aumentos foram bastante acentuados. Entre 1999 e 2003, foram observadas taxas semelhantes à inflação em 2000 (0,45 pp) e 2003 (-0,09 pp) e variações menores em 1999 (-5,48 pp) e 2001 (-2,84 pp).

"Porém, nos dois últimos anos, a prática de reajustes acima da inflação voltou a ocorrer: em 2004 foi de 3,34 pp e em 2005, de 4,11 pp", escreveram os técnicos da instituição.

Inadimplência Um dos argumentos usados pelos proprietários de escolas, segundo avaliação dos profissionais do Dieese, é o aumento do índice de inadimplência. "Este comportamento pode ser em parte explicado pelos inúmeros reajustes aplicados nas mensalidades, que tornam inviável, a muitos pais e alunos, honrar seus compromissos", ponderaram.

Eles explicaram que divulgaram o estudo nesta quinta porque nos dois últimos meses de cada ano é prática dos estabelecimentos de ensino negociar com os pais e alunos as taxas de reajuste a serem praticadas nas mensalidades escolares do ano seguinte.




Fonte: Agência Estado

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