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Politica Brasil
Quinta - 24 de Novembro de 2005 às 07:41
Por: Romilson Dourado

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Na véspera de realizar a convenção regional, o PPS racha com a articulação nos bastidores da candidatura à presidência do partido do deputado Mauro Savi, com respaldo do secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Pagot, e de vários prefeitos. A chapa surge para contrapor à encabeçada por Percival Muniz, que tem Roberto França, atual dirigente, como vice. Com isso, o partido do governador Blairo Maggi se divide. A aparente unidade agora é superada pelo clima de disputa acirrada.

Líder do governo na Assembléia, Savi revelou ter apoio da bancada do PPS. Avisa que só recuará da candidatura se Maggi, com quem vai se reunir hoje, orientá-lo a adotar outro procedimento.

O deputado não esconde contrariedade com a atual direção, sob comando de França. "A posição da bancada é de descontentamento com o encaminhamento da direção do partido. Nós só queremos, como filiados, ter direito de votar e ser votado", destacou Savi.

Numa referência à chapa de Muniz, ele observa que foi feita uma composição sem, antes, consultar os parlamentares. "Em nenhum momento ninguém sentou conosco para ver o que a gente pensa. Quem anda pelo interior do Estado com os prefeitos, com o governador, são os deputados, que têm contato direto com os municípios. E a gente trabalha pelo PPS com muita vontade".

Savi previa definir membros de sua chapa ainda em reunião ontem à noite. Deveria incluir na composição o nome de Luiz Pagot, o "trator" da administração Maggi. O parlamentar se motivou a entrar na disputa a partir de um pacto da própria bancada, composta por seis deputados. Todos garantem apoiá-lo: João Malheiros, Sérgio Ricardo, Pedro Satélite, Renê Barbour e Sebastião Rezende. Nos bastidores, Savi já "costurou" apoio de Pagot e de prefeitos, como Zeno Gonçalves (Rosário Oeste) e Murilo Domingos (VG).

O PPS é o maior partido no Estado em número de prefeituras (45). Tem 22 vice-prefeitos, 284 vereadores e seis estaduais. A eleição interna ganha peso e competitividade porque o futuro presidente estará à frente de todas as discussões do processo eleitoral de 2006, como definição das candidaturas, da política de alianças e do projeto pela reeleição de Maggi.

A convenção começa amanhã, às 18 horas, no Hotel Fazenda, em Cuiabá, com apresentação de um balanço da atual direção, sob Roberto França, e da aprovação do regimento interno. O congresso reabre no sábado, às 8h30, com a presença do governador Maggi. À tarde, acontece a eleição. Primeiro, serão eleitos os 123 membros do diretório, incluindo 37 delegados à convenção nacional. Depois, ocorre a eleição da executiva com 41 integrantes para dois anos de mandato.





Fonte: A Gazeta

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