Brasil e França negociam acordo de cooperação audiovisual em Cannes
O acordo vigente entre Brasil e França na área de audiovisual é de 1969 e estabelece uma participação mínima de 30% e máxima de 70%, de parte a parte. Em 1970 foi assinado um acordo complementar que prevê a concessão de apoio financeiro para os filmes co-produzidos.
"Nós queremos alterar essa relação, porque achamos que é um percentual muito alto para os co-produtores brasileiros poderem participar de filmes franceses na base de no mínimo 30% do orçamento. O euro é supervalorizado é fica extremamente pesado para os produtores brasileiros", disse Jom Tom Azulay, superintendente de assuntos estratégicos da Agência Nacional de Cinema (Ancine). Azulay ressaltou que o único acordo de co-produção que funciona corretamente é com Portugal.
Esse ano a França escolheu o Brasil como país a ser homenageado. Uma série de atividades artísticas vão ocorrer até dezembro. Apesar de nenhum filme brasileiro estar concorrendo a Palma de Ouro do Festival de Cannes, cinco produções estarão participando de mostras paralelas.
São dois longas, Cidade Baixa, de Sérgio Machado, e Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes e três curtas, Vinil Verde, de Kleber Filho, Da Janela do Meu Quarto, de Cao Guimarães, e O Lençol Branco, de Juliana Rojas e Marco Dutra. O filme Pelé Eterno também será exibido e contará com a presença do próprio Pelé e do ministro da Cultura, Gilberto Gil. O 58º Festival Internacional do Filme de Cannes começou no último dia 11 e termina no próximo dia 23.
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