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Educação/Vestibular
Sexta - 13 de Maio de 2005 às 17:10

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A audiência pública na Assembléia Legislativa reuniu representantes dos servidores públicos de Mato Grosso, deputados e os secretários de Estado da Casa Civil, Joaquim Sucena, e de Administração, Geraldo De Vitto, para discutir o reajuste salarial proposto pelo governo. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Júlio César Viana, os profissionais da educação não estão lutando para ganhar e esvaziar os cofres do Estado. “Queremos apenas recompor as perdas salariais, e a mensagem do governo encaminhada ao Legislativo não atende nossa realidade”, assegura o sindicalista, lembrando que a reivindicação da categoria, que está em greve desde a semana passada, é de 20,24%.

O presidente do Sintep/MT apresentou como proposta para que a Assembléia Legislativa encaminhe ao governador Blairo Maggi (PPS) a criação de fundo de pensão e aposentadoria; revisão da política de incentivo e renuncia fiscal, para garantir ao Estado meios financeiros e aplicação dos índices constitucionais (25%) na educação. “Têm grandes empresas gozando de incentivo fiscal”, frisa o deputado José Carlos do Pátio (PMDB), acrescentando que é preciso o governo rever essa política para arrecadar de quem fatura muito às custas do Estado.

Para a deputada Vera Araújo (PT), além de o governo acabar com conquistas dos trabalhadores no ensino público, estabelece tabelas salariais diferenciadas. “É preciso fazer justiça com os trabalhadores da Educação, uma vez que a maioria dos professores investe na qualificação”, pondera a deputada.

“Estamos confiantes que a posição dos servidores, com base na realidade, vai sensibilizar o governo e os deputados que dão sustentação à administração estadual para que revejam nossos direitos. Dá forma que está somos penalizados, porque a população merece uma educação pública de qualidade”, sublinha a professora Zuleica Avelino dos Santos, de Nobres. Segundo a professora, a eficiência do ensino, além da questão salarial, passa também pela melhoria das condições de trabalho.

Na visão do presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais e Investigativos, Cledson Silva, o governo estadual está desrespeitando os servidores. “O governo tem recursos suficientes para proporcionar aumento para o conjunto das categorias, mas o problema é que não está priorizando. Por isso, proponho ir para as ruas mostrar que somos dignos e temos direito a recompor nossas perdas salariais”, assinala o policial civil.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Alencar Soares (PP), disse que requereu a audiência pública para evitar discussões paralelas sobre a polêmica mensagem do governo. “Até a terça-feira da próxima semana estaremos apresentado o parecer da comissão sobre o reajuste dos servidores. Depois desse parecer o plenário pode votar a proposta do Executivo”, finaliza Soares.




Fonte: Pau e Prosa comunicacao

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