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Nacional
Quarta - 04 de Maio de 2005 às 16:30
Por: Cida Fontes

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Brasília - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, afirmou hoje que não é seu projeto disputar a eleição presidencial em 2006. Para Aécio 2005 deve ser o ano para estimular a gestão e a administração e criticou a antecipação do processo eleitoral por parte do governo federal. "Me parece claro que o presidente Lula é candidato à reeleição. Mas se ele antecipar o processo eleitoral, se as suas ações tiverem um foco eleitoral, não será positivo para o Brasil", disse.

"Espero que o discurso do presidente esteja nessa linha de não antecipar e que tenha consonância com a realidade, com a pratica do governo. O presidente certamente saberá o que fazer", afirmou Aécio , ao chegar para a cerimônia de comemoração dos cinco anos da Lei de Responsabilidade Fiscal, em um hotel, em Brasília.

Aécio disse que não pretende antecipar o processo eleitoral em Minas e que tem enormes responsabilidades com o Estado. "2005 não pode ficar na história do ano que não existiu. Ao falarmos de sucessão e de candidaturas em 2006, nós, os governantes estaremos prestando um desserviço ao País. O nosso calendário eleitoral é extremamente perverso (eleições de dois em dois anos) e é preciso que neste ano, que não tem eleição, nós fiquemos concentrados em administrar", disse.

Para Aécio, as candidaturas do PSDB vão surgir com muita naturalidade, no tempo certo. "Até porque candidatura para vencer eleição têm de surgir com uma grande dose de naturalidade".

Governador condena mudanças na LRF

O governador condenou eventuais mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal, pedindo punição para quem desobedecer a lei. "A Lei estabelece regras claras e rigorosas para os setores públicos e para que a sociedade acompanhe essas gestões. É preciso que os órgãos controladores e fiscalizadores ajam e punam quem desobedecer a lei", afirmou. "Não se deve falar em mudanças. Existem outros caminhos para que todos possam cumprí-la, disse Aécio acrescentando que recebeu uma missão do Tesouro Nacional e Reforma tributária

Aécio Neves defendeu hoje a votação de um projeto global para a reforma tributária, e criticou o acordo entre líderes aliados e o governo para a votação da proposta. Os líderes concordaram em suprimir os trechos polêmicos, que seriam discutidos em lei complementar. "É empurrar com a barriga", avaliou o governador mineiro.

"Acho que existe um clima de convergência em torno de um texto global. Será um equívoco se o governo desprezar esse projeto. Não dá para atender apenas parcela da federação", disse Aécio, que quer que seja aprovado um substitutivo global, que inclua outras questões como o mecanismo de compensação aos Estados exportadores.





Fonte: Agência Estado

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