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Saúde
Terça - 26 de Abril de 2005 às 06:06

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O progresso do Mal de Alzheimer pode ser atrasado mediante um tratamento genético experimentado por especialistas dos Estados Unidos, segundo um estudo preliminar publicado na revista Nature Medicine hoje.

Os especialistas autores do estudo, realizado em um reduzido grupo de pacientes desta doença, que produz uma perda progressiva da memória, disseram que o tratamento genético trouxe resultados alentadores. No entanto, informaram que o resultado do estudo é muito preliminar, e que é necessário realizar um maior número de testes.

Durante sua pesquisa, foi introduzido nos cérebros dos oito pacientes tratados uma "substância protetora" conhecida como "fatores de crescimento", a fim de resgatar algumas células cerebrais moribundas. Em um dos pacientes, os tecidos do cérebro mostraram um crescimento novo de células.

O médico Mark Tuszynski, da Universidade da Califórnia em San Diego, que liderou as pesquisas, disse que o tratamento não cura a doença que atualmente afeta pelo menos 4,5 milhões de americanos.

Ele explicou que essa cura é impossível, já que o Mal de Alzheimer destrói diferentes tipos de células em diversas áreas do cérebro, e o novo tratamento genético só é útil para uma dessas áreas.

Tuszynski manifestou que o êxito preliminar dá esperanças para o possível uso deste tratamento a fim de suavizar o efeito de outras doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson.

As primeiras pesquisas mostraram que, injetando o "nervo do fator de crescimento" - ou NGF - em cérebros de macacos envelhecidos, é possível reverter a deterioração das células.

Posteriormente, os especialistas implantaram NGF em uma das partes do cérebro afetado pelo Mal de Alzheimer nos pacientes que participaram da experiência.

Seis dos oito pacientes que tiveram acompanhamento durante quase dois anos mostraram uma lenta queda cognoscitiva de entre 36 e 51% depois do implante.




Fonte: Agência EFE

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