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Saúde
Quinta - 31 de Março de 2005 às 06:33

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Uma até então rara doença venérea tem sido detectada com freqüência entre homossexuais europeus, segundo artigo que será veiculado na edição de abril da publicação especializada britânica Sexually Transmitted Infections. O linfogranuloma venéreo (LGV), causado por uma cepa da clamídia, é uma infecção bacteriana do ânus e da região genital.

Antes conhecida como uma rara doença venérea em países pobres, o LGV começou a se disseminar na Europa em 2003, quando uma epidemia foi detectada entre 100 homens homossexuais em Roterdã. Agora, segundo o artigo, tornou-se um "problema significativo" entre os homossexuais da Europa.

Já foram registrados casos em Antuérpia (Bélgica), Hamburgo (Alemanha), Paris (França), Suécia e, em janeiro deste ano, foram identificados os primeiros 24 casos na Grã-Bretanha, a maioria em clínicas especializadas em saúde sexual de Londres, número que aumentou para 34 em meados de fevereiro. Outros casos foram registrados em Nova York, São Francisco e Atlanta, nos Estados Unidos. p> Os casos britânicos foram todos de homens gays, 17 deles portadores de HIV. Quatro também estavam infectados com hepatite C. "É provável que o LGV tenha estado presente durante algum tempo entre homens que fazem sexo com outros homens no Reino Unido, com muitos casos não diagnosticados", destacou a publicação.

Acredita-se que o LGV tenha se disseminado através de sexo anal sem proteção, da prática conhecida como 'anal fist' e o uso partilhado de brinquedos eróticos. Seus sintomas são úlcera anal, inflamação retal, dor e sangramento, além de constipação e dor abdominal, as vezes acompanhada de febre.

Um tratamento de três semanas com antibióticos normalmente é eficaz para combater a infecção. Mas se a úlcera preliminar não for tratada, pode-se seguir uma infecção crônica, que pode causar erupções na pele, abscessos e estreitamento do ânus, algo que pode precisar de cirurgia, informou a publicação.





Fonte: AFP

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