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Saúde
Segunda - 28 de Março de 2005 às 13:31
Por: Thaís Brianezi

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Manaus - O Brasil vai usar a telemedicina para combater a hanseníase na Amazônia. Professores e agentes de saúde da Amazônia Legal receberão treinamento a distância, por meio da internet e da TV Escola, para reconhecer os primeiros sinais da hanseníase e encaminhar os doentes ao posto de saúde. Se for tratada precocemente, a hanseníase tem cura e, além disso, com as primeiras doses do medicamento, ela deixa de ser contagiosa.

Na próxima quinta-feira, em Manaus, será lançado o Telehanseníase durante a I Jornada de Telemedicina da Amazônia. O projeto é da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo(FmUSP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Ministério da Saúde (MS), o Ministério da Educação (MEC) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

O Brasil tem 28 mil pessoas contaminadas com o bacilo da hanseníase. São 1,6 contaminados por 10 mil habitantes. A Amazônia concentra 65% dos casos da doença. Os dados são da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde. Segundo o coordenador de Telemedicina da FmUSP, dr. Chao Lung Wen, os focos mundiais de ocorrência da hanseníase estão na Índia e no Brasil. Um acordo do governo brasileiro com a Organização Mundial de Saúde (OMS) previa a redução dos casos de hanseníase para menos um doente por 10 mil habitantes até 2000. Como a meta não foi cumprida, o prazo foi estendido para dezembro deste ano.

O consultor em Telemedicina do CFM, Julius Ladeira, esteve na última quarta-feira no Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) para negociar a possibilidade de utilizar os 800 terminais de usuários remotos do Sipam no projeto Telemedicina da Amazônia. Esses terminais estão espalhados por toda a região amazônica em prefeituras, postos de saúde, escolas, órgãos federais e estaduais e em algumas organizações da sociedade civil. Todos estão conectados entre si por satélite, com possibilidade de transmissão de imagen e som. "Nenhum acordo ainda foi formalizado, mas há grandes chances de que fechemos essa parceria", adiantou o dr. Wen.




Fonte: Agência Brasil

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