ONU envia missão de especialistas em terrorismo a vários países

Especialistas em antiterrorismo da ONU iniciaram uma missão que os levará a vários países, dentro da nova estratégia do Conselho de Segurança para fortalecer sua luta contra o terrorismo, informou o organismo nesta segunda-feira.

Marrocos foi o primeiro destino da missão, liderada pelo responsável do Diretório Executivo Contra o Terrorismo da ONU (CTED), o espanhol Javier Rupérez, segundo informou o porta-voz do organismo, Fred Eckhard.

A missão também é formada por especialistas da Interpol, da Organização Mundial de Alfândegas e da União Européia, além do grupo de trabalho para combater o financiamento ao terrorismo.

Segundo Eckhard, depois do Marrocos, onde permanecerão por cinco dias, os especialistas devem visitar Albânia, Quênia e Tailândia.

"O objetivo da missão é avaliar o grau de cumprimento da resolução 1373 do Conselho de Segurança e analisar o nível de assistência que os países precisam para realizar suas obrigações", disse.

A resolução, aprovada depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, exige aos 191 estados membros da ONU que tomem as medidas necessárias para evitar que seus territórios se transformem em refúgio de terroristas e obriga o fim das fontes de financiamento e de operações econômicas do terrorismo.

A missão faz parte da nova fase de trabalho do Comitê Contra o Terrorismo (CTC) do Conselho de Segurança e de seu braço executivo, o CTED, com a intenção de reunir informações importantes nestes países.

Os relatórios que serão elaborados a partir destes dados servirão de base a um "diálogo ativo" entre os governos e o CTC-CTED, para que fortaleçam ou desenvolvam suas capacidades técnicas para prevenir e combater o terrorismo.

O desenvolvimento de capacidade dos países para prevenir o terrorismo foi um dos cinco pontos da nova estratégia da ONU para combater o fenômeno anunciada pelo secretário-geral, Kofi Annan, na última cúpula de Madri.

Além disso, a estratégia também afirma que é preciso estimular os grupos descontentes a não escolherem o terrorismo como tática para alcançar seus objetivos e dificultar o acesso a recursos para realizar atentados terroristas.

Também foram apontadas a necessidade de pressionar os países para que não apoiem os terroristas e defendam os direitos humanos.