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Esportes
Domingo - 13 de Março de 2005 às 14:37
Por: Allen Chahad/Rafael Prada

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Antigamente, o passatempo nas concentrações de futebol eram a sinuca e o baralho. Hoje, entretanto, nenhuma outra diversão supera o videogame na hora em que os atletas estão reunidos. Mais do que uma brincadeira, o mundo virtual, que a cada ano se aperfeiçoa, também chega a ajudar os esportistas em suas profissões.

O pivô Nenê, estrela da NBA, por exemplo, é um viciado assumido em games. O brasileiro se encanta com os jogos, principalmente o de basquete, no qual pode comandar virtualmente o Denver Nuggets, seu time na vida real, e até fazer jogadas com o "Nenê virtual".

"Já comandei a mim mesmo, sim. E tenho que dizer que no videogame já fomos campeões invictos (risos). É divertido! Quando era garoto, nunca imaginei que um dia eu seria personagem de videogame", disse, em entrevista ao Terra Esportes.

"Só fiquei um pouco chateado porque não me deram alguns atributos que eu tenho no basquete real, mas tudo bem. Já fui até MVP (jogador mais valioso da temporada) e All-Star no videogame. Tomara que eu consiga alcançar essas premiações na NBA de verdade", brincou Nenê.

O pivô brasileiro inclusive tem companheiros de quadra também ao seu lado na hora de jogar basquete na telinha. "Dá para dar umas risadas quando nós, do Denver Nuggets jogamos juntos. Sempre rola umas provocações", contou.

Instrumento de trabalho

Já o piloto Xandinho Negrão, que neste ano vai disputar a estreante categoria GP2 (último degrau antes da F-1), transformou o videogame em objeto de trabalho.

"Jogo desde os dez anos. Antes era apenas uma brincadeira, mas agora, além de me divertir, uso o videogame para me adaptar a algumas pistas. Hoje em dia, passo cerca de seis horas por semana na frente de um Playstation 2", confessou.

"No ano passado, por exemplo, eu aprendi (os circuitos) Magny-Cours, Silverstone, Hockenheim e Hungaroring pelo videogame antes de testar nos traçados reais. Os jogos ajudam na memorização da ordem das curvas, para onde vira cada trecho", explicou Xandinho.

Companheiro de equipe de Xandinho, Nelsinho Piquet gosta mesmo é de relaxar com o joystick nas mãos. "Jogo apenas para me divertir O máximo que dá para saber é para que lado são as curvas, e é só", disse.

"Jogo desde criança, sempre gostei. É um dos meus lazeres preferidos", contou Nelsinho, que discorda ainda de Xandinho sobre em qual plano é mais simples pilotar, no virtual ou no real. Ele garante que é mais fácil guiar de verdade.

"É muito, mas muito mais fácil guiar virtualmente. Se bater, pelo menos não me machuco", brincou Xandinho.

Apostas

Entre os maiores fãs dos campos de futebol da telinha estão os jogadores do São Paulo, como o volante Alê, o meia Souza e o atacante Diego Tardelli. As disputas nas concentrações e nos quartos de hotel, quando estão viajando, rolam solta e vale até apostar em dinheiro.

Souza já foi até convidado para participar de torneios pequenos contra "profissionais" e sempre tem levado a melhor.

"Na quinta-feira passada, fui jogar um torneio com cinco donos de loja de videogame. Ganhei dos cinco, de novo. Eu já tinha ido lá e ganhado deles. Eles não se conformaram e me chamaram de novo", contou o são-paulino, que ainda ganhou um dinheiro para a gasolina.

"Desta vez fizeram um bolão e cada um apostou R$ 20. Levei R$ 100 e enchi o tanque do meu carro", brincou o meia.




Fonte: Terra

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