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Educação/Vestibular
Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 09:59
Por: NIKA PEREIRA

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O projeto Aplauso, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), proporcionou no ano de 2004 novas oportunidades para crianças e jovens da rede pública de ensino, já que amplia a jornada escolar com atividades complementares, oferecidas através das oficinas. Essa ação garante a permanência dos alunos em tempo integral nas escolas.

O Aplauso faz parte do programa Escola Atrativa, e tem a finalidade de reduzir a evasão, a repetência e a violência nas escolas, por meio de ações que incentivam a arte, a leitura, a música, a dança, o teatro e as atividades esportivas. O desenvolvimento do projeto faz com que os alunos trabalhem em tempo integral ou em horários extra-turnos estabelecidos por cada escola.

Segundo a secretária de Estado de Educação, Ana Carla Muniz, os resultados têm sido satisfatórios, principalmente devido ao pouco tempo de execução. Neste ano, a Seduc tem a previsão de investir R$ 4,2 milhões no projeto. "Com esta ação iremos reforçar o aprendizado de 52 mil alunos, sete mil a mais do que em 2004. O Aplauso é um grande projeto que visa elevar o índice de aprendizagem dos alunos, e isso reflete diretamente na qualidade da educação", destaca.

No segundo semestre de 2004, o Aplauso começou a ser desenvolvido pela Seduc nas unidades de ensino do Estado. Para a sua realização e execução, foram investidos em torno de R$ 3,5 milhões, destinados para a contratação temporária de professores, compra de materiais pedagógicos e gêneros alimentícios. O recurso repassado para cada escola é calculado de acordo com o número de alunos.

No total, o projeto beneficiou 94 convênios em unidades escolares atendendo 82 municípios, sendo 65 com prefeituras municipais e 22 escolas estaduais. Além disso, beneficiou sete unidades indígenas, localizadas nos municípios de Confresa, Peixoto de Azevedo, Aripuanã, Barão de Melgaço, Barra do Garças e Luciara, que atendem 703 alunos índios. Em 2004, o projeto atendeu em torno de 45 mil alunos.

CONVÊNIO - De acordo com o coordenador do Aplauso, Marconi Dantas Corrêa, para esse ano, a Seduc ainda está firmando convênio. "As prefeituras ainda estão enviando os projetos para serem analisados. O número de alunos atendidos em 2004 será superado neste ano", ressalta.

Para dar suporte ao desenvolvimento do projeto, a Seduc realiza nas unidades escolares, o acompanhamento técnico-pedagógico das oficinas aplicadas. "Essa ação visa detectar quais são as dificuldades encontradas pelos instrutores e diretores", acrescenta Marconi.

Com o intuito de aprimorar a técnica e a aplicação das oficinas junto à proposta pedagógica, a Seduc promoveu em novembro, a formação de instrutores em uma das oficinas. Participaram da capacitação instrutores de unidades de Cuiabá e Várzea Grande, além de alunos que aperfeiçoaram os movimentos desenvolvidos na escola.

RESULTADOS – De acordo com relatórios enviados pelos gestores das escolas, nas unidades onde o projeto Aplauso é desenvolvido foram constatados a diminuição da evasão escolar, da repetência e da violência. Eles relatam que os alunos têm mostrado interesse pelo aprendizado e participado com mais freqüência das aulas e atividades esportistas.

Segundo dados apresentados pelos relatórios, o projeto Aplauso tem ajudado no relacionamento entre alunos de diferenças classes sociais, fazendo-se entender que todos são capazes e também estimulam o aluno na busca de um objetivo.

"O projeto Aplauso é motivo de orgulho. Trouxe o reforço escolar e a produção de texto, as artes manuais, o esporte, recreação e a pintura. Um exemplo foi a apresentação das crianças tocando flauta. É importante ressaltar que todas as oficinas proporcionam o envolvimento dos pais e da sociedade. As crianças de nosso município agradecem", ressalta a coordenadora do projeto na cidade de Colniza, Lucineide Holanda.

Na escola Salim Nadaf, localizada no Cristo Rei, em Várzea Grande, ao todo, 300 alunos fazem as oficinas, que ocorrem de segunda a sábado, com duas horas para cada uma. Eles podem aprender pintura, aulas de reforço de matemática e português, futebol, teatro, fanfarra, dança com estilos em jazz, balé e hip-hop.

As aulas de reforço são bem-vindas para os alunos que tem dificuldade em português. Walacy Lima de Castro, de 11 anos, cursando a 5ª série pela segunda vez, que sonha em ser bombeiro, fica otimista com as horas extras de estudo. "Eu já fui reprovado um ano, tenho muita dificuldade no português e agora estudo muito", define. Para o seu colega Jefferson de Lima e Silva, de 12 anos, também cursando a 5ª série, a oficina ajuda no desempenho dentro de sala de aula. "Eu tenho dificuldade de ler e como quero ser advogado, tenho que falar bonito", ressalta o aluno.

A pintura tem sido uma inspiração para a aluna Miriam Cristina Souza Galiano. Com dificuldades de assimilar as matérias. Miriam tem 16 anos e ainda cursa a 5ª série, faz questão de não faltar nenhuma aula e admite usar o aprendizado para ajudar no orçamento em casa.

Já a aluna da 7ª série da unidade Salin Nadaf, Midori Nobuko Hashimoto, se dedica a dança de rua. Para ela, além de relaxar, as aulas ajudam no desenvolvimento físico e mental do corpo, colaborando no aprendizado. "Quando estamos bem fisicamente e mentalmente temos mais facilidade de aprender e assimilar o conteúdo das matérias", acrescenta.

Na Escola Estadual José Mendes de ensino Médio e Fundamental, localizada no Parque do Lago, em Várzea Grande, a atividade aplicada é o balé. Segundo a professora de Educação Física, Silmara de Oliveira, as aulas servem de estímulo para os alunos. "Eles são apaixonados pela dança, um simples convite de participação em algum evento, já os deixa alegre, colaborando na elevação da auto-estima", ressalta.





Fonte: Assessoria/Seduc-MT

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