Educação foi principal responsável pela alta dos preços ao consumidor em fevereiro, diz IBGE

Rio - O item Educação foi o principal responsável pela alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) em fevereiro, com variação de 6,34%. Os reajustes das mensalidade, que normalmente são efetuados em fevereiro, fizeram com que o setor respondesse por aproximadamente um terço (0,25 ponto percentual) da taxa de 0,74% do IPCA-15.

Entre os índices que apresentaram taxas crescentes também tiveram destaque as tarifas dos ônibus intermunicipais, que aumentaram 6,11% em decorrência da alta em cinco das 11 regiões pesquisadas. Além disso, foram relativamente altas as variações de preços dos eletrodomésticos (1,85%) e serviços de conserto de automóveis (1,95%) e os salários dos empregados domésticos, que subiram 1,12%.

Alguns itens importantes na despesa das famílias que ganham de 1 a 40 salários mínimos ficaram mais baratos. Caíram os preços do álcool (-1,74%), gasolina (-0,67%), gás de cozinha (-0,60%), ônibus urbanos (-0,36%) e vestuário (-0,22%). Com relação aos alimentos. Apesar do aumento de preços de alguns produtos mais vulneráveis à variação do clima - batata-inglesa (16,92%), hortaliças (10,75%) e tomate (6,21%) -, o grupo em geral teve um crescimento menor, passando de 0,97% em janeiro para 0,53% em fevereiro.

Esse resultado foi influenciado, sobretudo, pelas quedas nos preços das carnes (de 2,59% passaram para -0,87%), frango (de 2,80% para -0,68%) e ovos (de 2,39% para -1,09%). Outros produtos, como o arroz, mantêm a trajetória de redução nos preços iniciada no mês passado: a taxa passou de -2,70% em janeiro para -3,90% em fevereiro.

Entre as regiões, a maior variação foi registrada em São Paulo (0,94%). Belo Horizonte (0,47%) e Curitiba (0,49%) apresentaram os menores índices.

O IPCA-15, divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mede a inflação nos gastos das famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos, nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

Os preços foram coletados de 13 de janeiro a 14 de fevereiro e comparados com os preços que estavam em vigor no período de 11 de dezembro de 2004 a 12 de janeiro deste ano.