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Quinta - 17 de Fevereiro de 2005 às 18:24
Por: Ellis Regina

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Brasília - A Frente Brasileira contra a Medida Provisória 232, que aumenta os impostos para as empresas prestadoras de serviço, entregou hoje aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), manifesto assinado por 1.300 entidades que são contrárias à MP. A frente reuniu hoje cerca de 400 empresários no Congresso Nacional, num ato público de protesto contra a MP.

Segundo o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, a medida trará conseqüências graves ao setor de empregos e serviços. Ele disse que a capacidade de negociação com o governo está encerrada, uma vez que a MP representa uma "traição" à sociedade, por ter sido editada sem nenhum tipo de negociação. "Não adianta impor medidas que não sejam negociadas. Se o governo quer aumentar impostos que o faça por projeto de lei", afirmou o empresário.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, por sua vez, disse que não descarta a negociação com o Executivo e defendeu mais debate em torno do assunto. "Eu, particularmente, não interrompo o diálogo. Estou aberto, desde que se encontre uma solução para o problema. A essa altura, não importa como", afirmou Skaf. Para ele, o aumento da carga de impostos "sangra mais o governo e a sociedade".

O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que a sociedade não pode ser prejudicada e que a manifestação realizada hoje foi o primeiro passo. "Haverá uma série de encontros que, inevitavelmente, vamos ter para discutir o assunto. Tem que se construir um acordo em torno da MP ", afirmou.

O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, prometeu levar a reivindicação dos empresários ao presidente Lula, durante encontro, na tarde hoje, no Palácio do Planalto. Severino Cavalcanti informou que vai pedir ao presidente Lula um encontro com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na próxima semana, para tratar do assunto. "Tenho certeza de que o presidente Lula não vai aceitar a imposição de tecnocratas que não têm sensibilidade", afirmou o deputado.

Severino Cavalcanti lembrou que tem uma obrigação com a sociedade e que, por isso, não pode permitir que se sufoque o micro e pequeno empresário. De acordo com o parlamentar e o micro e o pequeno empresário são "os que mais sofrem, porque têm as maiores dificuldades para conseguir algumas coisa nos bancos, que não têm respeito para com os trabalhadores".





Fonte: Agência Brasil

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