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Meio Ambiente
Sexta - 07 de Janeiro de 2005 às 07:39

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A população mato-grossense tem se revelado um importante aliado no combate à pesca predatória nos rios do Estado. Nesta piracema, que começou no dia 1° de novembro passado e se estenderá até o dia 28 de fevereiro de 2005, aumentaram as denúncias feitas à Fema (Fundação Estadual de Meio Ambiente) pelo 0800-653838.

Isso levou a um aumento de quase 100% na quantidade de pescados apreendidos tanto pela Fema como pelo Juvam. Desde o início da proibição da pesca até o dia 30 de dezembro, a Fema havia contabilizado a apreensão de aproximadamente duas toneladas e o Juvam foi responsável por mais 1.627 quilos, dos quais em duas operações o trabalho foi feito em conjunto com a Fema.

“Os predadores continuam agindo e os fiscais e policiais ambientais muitas vezes enfrentam trocas de tiros. Mas graças às denúncias nosso trabalho vem tendo sucesso”, diz a coordenadora de Desenvolvimento de Recursos Pesqueiros da Fema, Eucilene Porto.

Foi por meio de uma denúncia que ontem uma equipe formada por quatro fiscais apreendeu na região Médio Norte do Estado, em Arenápolis (258 km de Cuiabá), mais 197 quilos de pescado entre pintados, dourados e cacharas.

O peixe, pescado no rio Paraguaizinho, estava sendo transportado numa caminhonete D-10 por Manderson Beck, que foi conduzido à delegacia de Polícia Civil para a abertura de um inquérito ambiental.

“Ele alegou que o peixe era para seu consumo, mas de acordo com a denúncia, o pescado seria vendido em Denise para onde o veículo estava se dirigindo”, disse o fiscal Marcelo Antônio Costa Cardoso. O peixe foi doado para uma associação de idosos. Outras três equipes em diferentes regiões apreenderam redes, tarrafas e limparam os rios.

No dia 31 de dezembro, num trabalho conjunto entre a Fema e o Juvam, foram apreendidos cerca de 450 quilos de pescado. Numa operação conjunta anterior foram mais 200 quilos. Nas operações do Juvam, além de quatro flagrantes registrados foram apreendidas 26 redes, dez tarrafas, além de três freezeres e uma caixa de isopor. A fiscalização da Fema confiscou mais de 440 apetrechos utilizados na pesca predatória, entre redes, tarrafas, canoas, espinhéis, armadilhas, facas, molinetes, bicicletas e até veículos.

Em Cuiabá, até o fim de dezembro, pelo menos 18 pessoas haviam sido autuados na Delegacia Especializada de Defesa da Natureza. Soltas, após pagarem fiança de um salário mínimo, eles passam a responder processo por crime ambiental.

Segundo a Fema, as denúncias são constantes. Em alguns dias são registradas de seis a oito ligações de todo o Estado. O maior número de alertas diários vem da Baixada Cuiabana. No Araguaia, a média de denúncias fica entre duas e três por dia. “Infelizmente, são poucas as denúncias vindas da região Norte, da bacia da Amazônia e também do Xingu. Contamos também com a colaboração dos moradores dessas regiões”, pede a coordenadora.




Fonte: Diário de Cuiabá

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